Judiciária apreende pergaminho do século XIV à venda no OLX

A Polícia Judiciária apreendeu um pergaminho datado do século XIV que foi encontrado à venda do site de vendas OLX pelo valor de 750 euros.

Judiciária apreende pergaminho do século XIV à venda no OLX

O pergaminho da entrega do Castelo de Lisboa ao conde de Barcelos, em 1383, foi hoje apreendido pela Polícia Judiciária (PJ) no Porto.

O documento foi encontrado à venda no site de vendas online OLX no início deste mês e, segundo o comunicado da autoridade, a PJ «logrou localizar e apreender um pergaminho, cuja antiguidade remontará ao século XIV, relacionado com mandado do Rei para a entrega do Castelo de Lisboa» depois de realizar um «proficiente trabalho de recolha de informação e investigação». Na publicação colocada no site, o vendedor referia disponibilidade para vender o artefacto por 750 e que poderia entregar o mesmo em mão na zona de Gaia.

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Especialistas autenticam o pergaminho

O documento histórico apreendido irá agora passar por um processo de perícia, «sentido de comprovar a sua autenticidade e posterior entrega». Contudo,  no início do mês, historiadores confessaram ao jornal ‘Público’ que acreditam na autenticidade do documento que apresenta uma ordem do Rei Dom Fernando ao Alcaide do Castelo de Lisboa, Martim Valente, para entregar o Castelo de São Jorge ao Conde de Barcelos, D. João Afonso Telo.

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Torre do Tombo manifesta interesse

O Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em declarações ao jornal ‘Público’, declarou interesse em adquirir o pergaminho, referindo a PJ que a investigação se baseou na «importância e valor inestimável do documento, e lograda que foi a tentativa de compra por parte do Arquivo Nacional, esta instituição comunicou o seu eventual descaminho da legítima tutela do Estado, dando origem a investigação por parte da Polícia Judiciária».

A Polícia Judiciária mencionou também que o Arquivo Nacional da Torre do Tombo conservou os documentos da Administração Régia (âmbito no qual se inclui o pergaminho em questão), da Casa Real e de outras instituições ou particulares a pedido, pelo que a conservação deste documento caberia ao Arquivo Nacional.

Texto: Vítor Miguel Gonçalves | WIN

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