Coronavírus infeta 132 pessoas e Itália suspende Carnaval de Veneza

As autoridades italianas ordenaram a suspensão dos festejos do Carnaval de Veneza para tentar travar a propagação do novo coronavírus.

Coronavírus infeta 132 pessoas e Itália suspende Carnaval de Veneza

As autoridades italianas ordenaram a suspensão dos festejos do Carnaval de Veneza para tentar travar a propagação do novo coronavírus, numa altura em que o número de casos de infeção no país se eleva a 132. O governador da região de Veneto, Luca Zaia, disse que a suspensão entra em vigor ao final da tarde de hoje. O Carnaval de Veneza, que atrai anualmente dezenas de milhares de pessoas, continuaria até terça-feira. Três pessoas foram diagnosticadas com o Covid-19 em Veneza, todas com idades acima dos 80, estando hospitalizadas em estado crítico. As infeções pelo novo coronavírus em quatro regiões do norte de Itália elevam-se a 132, depois de realizadas análises a cerca de 3.000 pessoas com sintomas suspeitos, informou hoje o presidente da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli.

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Maioria de infetados por coronavírus regista-se na região da Lombardia

A maioria dos casos regista-se na Lombardia, com 89 infetados, seguida de Veneto, com 24 casos, dois dos quais na cidade de Veneza, a que se juntou entretanto um terceiro, não contabilizado neste balanço da Proteção Civil. Em Piacenza, na região de Emilia Romanha, há nove casos confirmados, em Piemonte seis e na Lácio dois, neste caso turistas chineses. Duas pessoas morreram pela infeção por Covid-19 em Itália, uma na região de Veneto e outra na da Lombardia. A Proteção Civil não conseguiu até ao momento determinar o “paciente zero”, o primeiro caso em território italiano, pelo que “é difícil prever a propagação” do vírus no país, explicou Borrelli. O surto, que teve origem na China, já infetou mais de 78 mil pessoas em todo o mundo, segundo os números das autoridades de saúde dos cerca de 30 países afetados.

Pedido ao governo central «controlos acrescidos nas fronteiras»

O presidente da Lombardia, Attilio Fontana, fez eco destas informações afirmando, numa entrevista à SKYTV24, que os casos no norte de Itália já são “mais de 100” e pedindo ao governo central “controlos acrescidos nas fronteiras”. Nesta região, a mais rica de Itália, todas as escolas e universidades vão estar encerradas na próxima semana e foi decretada a suspensão de todos os eventos públicos e atividades de caráter comercial. A nível nacional, segundo o presidente da Proteção Civil, “há milhares de camas” disponíveis, depois de o exército ter disponibilizado 3.142 camas e a Força Aérea 1.750. O governo colocou em quarentena 11 cidades da Lombardia e de Veneto para tentar conter o surto, área que totaliza cerca de 52 mil habitantes.

Covid-19 surgiu em dezembro em Hubei, no centro da China

O principal foco do que as autoridades admitem poder ser um surto de Covid-19 autónomo, não-relacionado com a cidade chinesa de Wuhan onde surgiram os primeiros casos, é Codogno, uma localidade de 15.000 habitantes, muitos dos quais trabalham nos arredores de Milão, a capital da Lombardia. O coronavírus Covid-19 surgiu em dezembro em Hubei, no centro da China, país onde estão registados, a nível continental, 76.936 casos, 2.442 dos quais mortais. O segundo país mais afetado é o Japão, com 769 casos (três dos quais mortais), incluindo pelo menos 364 no cruzeiro Diamond Princess, onde no sábado foi detetada a infeção de um cidadãos português. Segue-se a Coreia do Sul, com 556 casos, cinco dos quais mortais.

Itália é o quarto país com mais casos de infetados

Itália surge em quarto lugar dos países e territórios com mais casos, registando 132 casos de infeção por Covid-19, dois deles mortais. A lista prossegue com Singapura (89 casos), Hong Kong (69, dois mortais), Irão (43 casos, 8 mortais), Estados Unidos e Tailândia, ambos com 35 casos, Taiwan (26 casos, uma morte),Austrália (23), Malásia (22), Alemanha e Vietname, (16 cada um), França (12, um mortal), Emirados Árabes Unidos (11), Macau (10). Abaixo dos 10 casos registados surgem o Reino Unido e o Canadá com 9, Filipinas e Índia com 3, Rússia e Espanha com 2 e Líbano, Israel, Bélgica, Nepal, Sri Lanka, Suécia, Camboja, Finlândia e Egito com um caso cada.

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