Homicidas de Diogo Gonçalves. Maria condenada a pena máxima e enfermeira absolvida

A leitura da sentença de Mariana Fonseca e Maria Malveiro foi lida esta terça-feira no Tribunal de Portimão.

Homicidas de Diogo Gonçalves. Maria condenada a pena máxima e enfermeira absolvida

A leitura da sentença de Mariana Fonseca e Maria Malveiro foi lida esta terça-feira no Tribunal de Portimão. O tribunal dá como provado que Diogo “terá sentido medo e choque profundo” ao saber que ia ser assassinado pela mulher de quem gostava.

Maria Malveiro foi condenada a 25 anos de prisão pela morte de Diogo Gonçalves, de 21 anos, em março do ano passado. A ex-namorada, Mariana Fonseca, foi absolvida do homicídio, sendo condenada apenas a quatro anos  de pena suspensa pelos restantes crimes. Em tribunal foi dito que o facto de Mariana ter reanimado Diogo “afasta qualquer intenção” de o matar e atribuíram mais responsabilidades na morte de Diogo Gonçalves à arguida Maria Malveiro do que a Mariana Fonseca.

Mariana sai em liberdade hoje mesmo.

O Ministério Público pedia uma pena de prisão superior a 20 anos para as duas mulheres acusadas de matar um homem em 2020, no Algarve, enquanto a defesa pedia a sua absolvição, alegando a inexistência de provas.

Na apresentação das alegações finais no Tribunal de Portimão, o procurador Miguel Teixeira defendeu que “face à prova pericial, documental e testemunhal produzida” em julgamento, as arguidas “têm de ser punidas de forma grave, por um crime que provocou alarme social, com uma pena superior a 20 anos e muito próxima da pena máxima prevista no Código Penal”.

Já os advogados das duas mulheres acusadas em coautoria pela morte de Diogo Gonçalves pediram a absolvição das arguidas por entenderem que não existem provas que sustentem uma acusação, considerando que o tribunal não conseguiu provar as circunstâncias e a responsabilidade de cada uma das arguidas no crime.

Crime tinha como objetivo ficar com o dinheiro de Diogo

Mariana Fonseca e Maria Malveiro, que mantinham uma relação amorosa, estão acusadas pelo MP dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, acesso ilegítimo, burla informática, roubo simples e uso de veículo.

São suspeitas de, em março de 2020, terem matado Diogo Gonçalves com o intuito de se apoderarem de uma quantia de 70 mil euros que este tinha recebido de indemnização pela morte da mãe, atropelada em 2016 na zona de Albufeira.

Ao falar nas alegações finais, o advogado de defesa da enfermeira Mariana Fonseca considerou que, ao contrário do que seria expectável, as audiências do julgamento “não dissiparam as dúvidas” sobre a responsabilidade de cada uma das arguidas e a forma como foi cometido o crime.

“Temos aqui duas arguidas acusadas, mas onde é que está uma prova consistente para provar que as arguidas praticaram os crimes que constam da acusação?”, questionou o advogado João Grade, considerando que a investigação da Polícia Judiciária (PJ) “teve muitas falhas”.

 

 

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