Guiné Equatorial declara fim do surto do vírus de Marburg

O vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, anunciou o fim do surto do vírus de Marburg no país, que causou 17 casos confirmados laboratorialmente e 23 mortes em casos reportados como prováveis

Guiné Equatorial declara fim do surto do vírus de Marburg

“Depois de não se terem registado infeções por Marburg durante os 21 dias estipulados pela OMS [Organização Mundial da Saúde] e após o magnífico trabalho e resultados obtidos na luta e contenção deste vírus: declarei hoje [segunda-feira] o fim do vírus de Marburg na Guiné Equatorial”, escreveu Nguema na rede social Twitter.

De acordo com dados da OMS, a Guiné Equatorial registou, até 20 de abril, 12 mortes entre os casos confirmados laboratorialmente, com uma taxa de mortalidade de 75%. Quatro dos casos confirmados recuperaram, sendo desconhecido o que aconteceu ao outro infetado.

O vírus continua ativo na Tanzânia, que registou um total de nove casos entre 16 de março e 30 de abril, incluindo oito confirmados laboratorialmente e um provável.

Até à data, foram notificadas na Tanzânia seis mortes (taxa de mortalidade de 66,7%), incluindo um caso provável e cinco casos confirmados, e dos casos confirmados, três recuperaram.

Na semana passada, a OMS enalteceu as autoridades de saúde de ambos os países por “mostrarem um forte compromisso político”, tendo nas últimas semanas “reforçado ainda mais as funções críticas de resposta”, como a vigilância da doença, incluindo nos pontos de entrada e saída das áreas afetadas, atividades laboratoriais, gestão de casos clínicos, prevenção e controlo de infeções ou comunicação de risco e participação da comunidade.

A organização recomendou que seja mantida a vigilância, mas considera que não se justificam restrições de viagens ou comércio com a Guiné Equatorial ou a Tanzânia.

O vírus de Marburg, para o qual não há vacina, é transmitido aos seres humanos através de morcegos e propaga-se através do contacto direto com os fluidos corporais de pessoas, superfícies e materiais infetados.

A doença começa de forma aguda, com febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar, podendo evoluir para sintomas hemorrágicos graves e a taxa de mortalidade varia, podendo chegar aos 80%.

VQ (ANP) // CAD

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS