Governo proíbe circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa ao fim de semana

Governo decide “proibir a circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa ao fim-de-semana” para “não alargar situação” que se vive em Lisboa.

Governo proíbe circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa ao fim de semana

O Governo decidiu “proibir a circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa ao fim-de-semana”. Isto para “não alargar situação” que se vive em Lisboa. Proibição vale a partir das 15 horas de sexta-feira. Medida serve “para procurar conter aumento de incidência na AML”. O agravamento da incidência na AML, diz a ministra quando questionada sobre as declarações de ontem do primeiro-ministro, acontece porque já é a segunda vez que alguns concelhos desta área ultrapassam os 120 casos por cem mil habitantes, a primeira das linhas vermelhas da matriz de risco.

Lisboa mantém-se como a região com mais contágios

Dos 1.233 novos casos de contágio por covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas, 804 foram registados em Lisboa, de acordo com o boletim da DGS agora mesmo lançado, que permanece como a região com o número de casos mais elevado. Ontem, a região de Lisboa e Vale do Tejo registou a totalidade das seis mortes do país e nesta quinta-feira volta a registar mais um óbito devido à covid-19.

Resposta à situação em Lisboa não é “exceção”

Lisboa já ultrapassou os 240 casos por 100 mil habitantes e é para evitar que isso aconteça pela segunda vez consecutiva que o Governo decidiu impor restrições, explica Mariana Vieira da Silva. Sobre a questão das férias, a ministra reconhece que as restrições só se aplicam durante os dias da semana, pelo que as pessoas podem efetivamente deixar a região nos dias úteis. Ainda assim, Mariana Vieira da Silva tenta sensibilizar as pessoas para que não procurem as “exceções” à regra e que tentem seguir as regras. Sobre as viagens para outros países, a ministra nota que estas estão excecionadas, pelo que quem tem viagens agendas pode mantê-las.

Ministra alerta que “quem não tem uma dose da vacina pode não estar protegido”

A ministra reforça as regras que devem ser seguidas, com alguns alertas: “Mesmo quem não tem uma dose da vacina pode não estar protegido, evitar ajuntamentos, continuar a usar a máscara e testarmo-nos sempre que estivermos com grupo de pessoas maior.

“Prevalência maior da variante Delta” ajuda a explicar aumento de casos em Lisboa

Sobre a situação de Lisboa, a ministra explica que, ainda faltando dados mais concretos, a evolução pandémica pode dever-se a uma “prevalência maior da variante Delta” – que atinge também a zona do Alentejo.

A decisão, explica a governante, teve como objetivo impedir o alastrar do vírus ao resto do país. Em relação à constitucionalidade (ou não) das restrições aplicadas à AML, Mariana Vieira da Silva defende que a medida “tem enquadramento na lei da proteção civil”.

“É cedo para dizer o tempo que se prevê que as medidas possam durar”, diz a ministra que aguarda novas informações sobre a variante Delta. Nos eventos, quem fiscaliza os testes é a ASAE, diz a ministra E diz que as contraordenações aplicadas são as que já estão previstas.

Desconfinamento

Fase seguinte de desconfinamento “dificilmente se pode verificar” A ministra da Presidência inicia a conferência de imprensa do Conselho Ministros e anuncia a alteração de medidas em alguns concelhos. “A situação epidemiológica tem vindo a detriorar-se”. A incidência: é de 90,5 e R é de 1.13. “Para a semana, para onde estava prevista nova fase de desconfinamento, com estes números dificilmente se pode verificar”.

Quatro concelhos recuperam

Neste momento, a maioria do país está dentro do quadro previsto. “Apesar da deterioração a nível nacional, quatro concelhos recuperaram: Alcanena, Paredes de Coura, Santarém e Vale de Cambra”.

Estão 20 concelhos em estado de alerta. São eles:

Alcochete

Águeda

Almada

Amadora

Barreiro

Grândola

Lagos

Loures

Mafra

Moita

Montijo

Odivelas

Oeiras

Palmela

Sardoal

Seixal

Setúbal

Sines

Sobral de Monte Agraço

Vila Franca de Xira

Regras apertadas para Sesimbra

Existem outros 10 concelhos em risco e em situação diferente do que está o resto do país. Ou seja: registam 120 a 240 casos por 100 mil habitantes pela segunda vez:

Albufeira
Arruda dos Vinhos Braga
Cascais
Lisboa
Loulé
Odemira
Sertã
Sintra

Ainda há o caso de Sesimbra, que registou outra vez 240 a 480 casos por 100 mil habitantes. Neste caso, a restauração e os estabelecimentos vão encerrar às 15h30 durante os fim de semana.

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