
Governo angolano defende exploração de petróleo em áreas protegidas com cuidados ambientais
Diamantino de Azevedo, que falava hoje num encontro com jornalistas em Luanda, confirmou que há “indícios da existência de petróleo e recursos” em áreas protegidas e parques naturais, defendendo que Angola deve procurar mais petróleo para a produção não baixar.
Questionado pela Lusa sobre se está a ser preparada legislação para permitir a exploração petrolífera nestes locais, o ministro respondeu que está a “trabalhar com o Ministério do Ambiente para encontrar uma solução com equilíbrio”, que tenha em conta questões ambientais.
“Foi necessário rever a legislação sobre as áreas protegidas, mas isso não significa o fim da biodiversidade”, afirmou o responsável, dando como exemplo o Parque Nacional da Quissama onde poderão ser abertas algumas zonas numa área periférica “muito localizada”.
Segundo Diamantino Azevedo, o estudo de pré-viabilidade ambiental já foi feito e o importante é assegurar o cumprimento da legislação ambiental e usar os instrumentos de gestão ambiental.
“Não cometeremos os erros que cometemos no Soyo [província do Zaire] e em Cabinda”, enfatizou, acrescentando que a atividade petrolífera pode até contribuir para melhorar esses parques.
“Há necessidade de explorar esses recursos, a solução é o equilíbrio. Somos sensíveis às questões ambientais, mas também somos racionais”, reforçou.
O mesmo defendeu quanto à conciliação entre a exploração de petróleo e a indústria pesqueira, atividades em que é possível também garantir um equilíbrio.
Sem citar nomes, o ministro respondeu às críticas em torno da exploração de petróleo na bacia do Namibe, dizendo: “Não podemos perder a oportunidade de explorar os recursos”.
“Há quem por interesses políticos, defenda posições extremas, mas é preciso na política ser racional”, frisou o responsável dos Petróleos.
O Namibe, cujas águas são ricas em peixe, é uma das províncias províncias piscatórias de Angola.
RCR // JH
By Impala News / Lusa
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