Rosa Grilo: “O Luís começou a ter outras mulheres e eu soube sempre”

Sozinha numa cela a enfrentar a solidão, Rosa diz que se refugia na escrita e todos os dias redige uma carta ao filho, Renato, de 12 anos que está neste momento à guarda da tia paterna. O menino, acompanhado da tia Júlia Grilo, visita a mãe na prisão todas as terças-feiras e sábados.

Rosa Grilo, suspeita de ter matado o marido, Luís Grilo com a ajuda do amante António Joaquim, está presa preventivamente no estabelecimento de Prisional de Tires.

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A mulher, cujas declarações revoltam o país, continua a comunicar e enviar cartas desde a prisão. Desta vez foi à revista TV Mais que concedeu um entrevista.  Rosa Grilo diz estar sozinha numa cela, e lamenta ter de fazer a higiene do espaço sozinha. «Passo o tempo a lavar tudo», diz, queixando-se ainda da comida, que é «péssima».

Sobre a relação com as restantes reclusas, a viúva diz que há «duas ou três senhoras» que não lhe falam por considerarem «inferior» pelo tipo de crime pela qual foi detida.

Sozinha numa cela a enfrentar a solidão, Rosa diz que se refugia na escrita e todos os dias redige uma carta ao filho, Renato, de 12 anos que está neste momento à guarda da tia paterna. O menino, acompanhado da tia Júlia Grilo, visita a mãe na prisão todas as terças-feiras e sábados.

O menino de 12 anos ainda não voltou à escola desde que foi consumado o crime. Rosa diz que o filho sabe de tudo mas que acaba por não fazer perguntas sobre o crime em si.

«Segundo a psicólogo e o pedopsiquiatra, que o acompanha, ele está muito equilibrado e a reagir ‘bem’ face as circunstâncias. Sei que sente muito a minha falta e a do pai. Isso é o que me consome por estar aqui. O meu filho sempre soube de tudo desde o início e, por isso, acredita na minha inocência», refere Rosa Grilo.

«Ele está sempre a dizer-me que vai trabalhar muito e ganhar bastante dinheiro para me tirar daqui», diz a mulher sobre o filho

O que correu mal no casamento com Luís

Rosa diz que foi muito feliz com o marido até ao nascimento do filho. «Durante muitos anos fomos felizes, vivemos bastantes aventuras d viajávamos imenso. A nossa relação ficou diferente há alguns anos, depois do nascimento do nosso filho. Mas sempre fomos amigos e companheiros em tudo. Não sei se pela ‘crise do 50’, o Luís mudou muito, talvez também eu tenha mudado. O Luís começou a ter outras mulheres e eu soube sempre, mas sempre achei que o casamento não se deita fora de um momento para o outro por causa de uma parvoíce.»

Sobre a relação com António, Rosa afirma que o marido sabia da existência desta e que fingiram estar tudo bem pelo filho, Renato.

Ao amante, Rosa diz querer pedir desculpa e afirma que este de nada sabia.

Luís Grilo, de 50 anos, residente na localidade das Cachoeiras, no concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, desapareceu em 16 de julho. O corpo do triatleta foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição mais de um mês depois do desaparecimento, no concelho de Avis, distrito de Portalegre, a mais de 130 quilómetros da sua casa.

O cadáver estava perto de Alcôrrego, num caminho de terra batida, junto à Estrada Municipal 1070. Foi descoberto por um popular que fazia uma caminhada na zona e que alertou o posto de Avis da GNR para esta ocorrência.

 

 

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