Djokovic insiste em permanecer no país para disputar o Open da Austrália

O tenista sérvio Novak Djokovic, libertado hoje por um tribunal australiano, após ter sido retido e ter o visto revogado por não estar vacinado contra a covid-19, insistiu na determinação em disputar o Open da Austrália.

Djokovic insiste em permanecer no país para disputar o Open da Austrália

O tenista sérvio Novak Djokovic, libertado hoje por um tribunal australiano, após ter sido retido e ter o visto revogado por não estar vacinado contra a covid-19, insistiu na determinação em disputar o Open da Austrália. “Estou satisfeito e grato pelo facto de o juiz ter revogado o cancelamento do meu visto. Apesar de tudo o que aconteceu, quero ficar e tentar competir no Open da Austrália”, escreveu o atleta, na conta na rede social Twitter.

A mensagem foi colocada pouco tempo depois de um tribunal australiano ter ordenado a libertação do líder do ranking mundial, retido desde quinta-feira num centro de detenção em Melbourne.

O juiz Anthony Kelly ordenou ao Governo australiano a libertação do atleta, a devolução do passaporte e bens pessoais do sérvio, bem como o pagamento das despesas legais de Djokovic, que poderá assim disputar o Open da Austrália, mas o governo admitiu recorrer. “Continuo focado em jogar. Voei para cá para jogar num dos eventos mais importantes, diante de fãs incríveis”, completou Djokovic, em curta reação.

A libertação de Djokovic reuniu centenas de apoiantes que rodearam a viatura que o transportava, obrigando a polícia a tentar dispersar a eufórica multidão. Em Belgrado, o seu irmão Djordje revelou que Djokovic já treinou e recordou que a sua ida à Austrália visa “estabelecer um novo recorde”. Se competir e vencer, somará 21 triunfos em torneios do ‘Grand Slam’. Neste momento, está empatado com o espanhol Rafael Nadal e o suíço Roger Federer, todos com 20 conquistas.

Na Sérvia, a família de Djokovic celebrou a ‘boa nova’ jurídica, com a mãe a denunciar que o tenista foi alvo de “tortura” pelo tempo em que esteve retido e que a libertação foi “o maior triunfo da sua carreira”. “Não quero pensar nisso [deportação decretada pelo governo australiano], apenas que vai continuar livre e vai jogar” o Open da Austrália, disse a mãe de Djokovic, em conferencia de imprensa.

O pai saudou a decisão do juiz, considerando que essa foi uma vitória “de todo o mundo livre”. “Ele está fantástico. Tem uma força mental que esta situação não alterou em absoluto. Deu-lhe energia adicional. Mal pode esperar por 17 de dezembro, que o torneio comece. Ganhará os próximos 10 torneios”, vaticinou.

O tenista, número um mundial, aterrou no aeroporto de Melbourne na quarta-feira à noite para participar no Open da Austrália, que decorre de 17 a 30 de janeiro. Após a chegada, as autoridades de imigração revogaram o visto por, alegadamente, não ter cumprido os requisitos de entrada que procuram prevenir a propagação da covid-19 no país, apesar de uma isenção médica que lhe permitia entrar no país sem vacinação.

A defesa de Djokovic, que se opõe à imunização obrigatória contra a covid-19, alega que o sérvio recebeu uma avaliação por correio eletrónico do Departamento de Assuntos Internos australiano, na qual se indicava que este era elegível para entrar no país sem quarentena, embora o Governo de Camberra argumentasse que tal não constituía uma garantia.

 

 

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