Terceiro período: Aulas poderão ser por TV por cabo ou «estilo YouTube»

Perante a possibilidade de as escolas continuarem encerradas depois das férias da Páscoa, fazer chegar conteúdos aos alunos pode passar por TV por cabo ou canais «do estilo YouTube».

Terceiro período: Aulas poderão ser por TV por cabo ou «estilo YouTube»

O Governo está a estudar soluções que garantam que todos os alunos têm acesso aos conteúdos educativos no terceiro período, perante a possibilidade de as escolas continuarem encerradas depois das férias da Páscoa, adianta o ministro da Economia. Em entrevista ao programa Gente que Conta, do Porto Canal, que será transmitida integralmente este domingo, 29 de março, à noite, questionado sobre como vai o Governo garantir que todos os alunos vão ter acesso aos conteúdos educativos durante o terceiro período, nomeadamente os que não têm acesso à Internet, o ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira, adianta que estão a ser estudadas várias soluções, que podem passar por canais «do estilo youtube», que permitem a transmissão de vários conteúdos em simultâneo, ou, também, por fazer chegar os conteúdos pela televisão por cabo.

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Terceiro período poderá chegar a casa dos alunos por TV por cabo

«Oitenta e três por cento dos lares em Portugal têm TV cabo. Podemos fazer chegar conteúdos às crianças também por essa via», refere o ministro, acentuando que não será um regresso à Telescola (até porque a quantidade de anos letivos em causa não permute replicar um modelo que em tempos foi aplicado apenas aos 5.º e 6.º anos), mas um modelo mais próximo de canais do estilo do Youtube. Na entrevista, conduzida por Paulo Baldaia, o ministro é confrontado com as críticas que se fizeram ouvir nestes últimos dias pelo facto de os alunos sem acesso à Internet não terem possibilidade de manter o contacto com os professores e continuarem a ter aulas.

Ministério da Educação «está muito focado nesta situação»

Na resposta, o ministro refere que várias hipóteses estão a ser estudadas, que esta é também uma realidade «que nos mostra como temos de ser rápidos» e garante que o Ministério da Educação «está muito focado nesta situação». Sobre as duas últimas semanas de aulas, Pedro Siza Vieira refere que foi «muito impressionante» verificar como escolas, diretores de turma e professores se mobilizaram para, «de um momento para o outro, conseguirem manter o apoio pedagógico», recorrendo a meios cuja utilização, em circunstâncias normais, ainda há pouco tempo «teria criado resistência».

«Tivemos a primeira infeção em 02 de março e no dia 12 de março fechámos as escolas» em resposta à covid-19

Relativamente à resposta que tem sido dada face ao evoluir do surto de covid-19, Pedro Siza Vieira afirma que Portugal é o país que mais cedo tomou medidas. «Tivemos a primeira infeção em 02 de março e no dia 12 de março fechámos as escolas», refere, lembrando que em 14 de março estavam a ser anunciadas medidas de apoio à tesouraria das empresas e que em 15 de março era aprovado o lay-off simplificado. «Outros países que já estavam com um histórico de infeções com mais um mês do que nós tomaram estas decisões mais tarde», referiu, para acrescentar que tem noção de que, perante esta pandemia causada pelo novo coronavírus, «estamos permanentemente a aprender», seja na área da Saúde, na Educativa ou na Económica.

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