Covid-19: Rússia admite não ter a certeza sobre número de infetados no país

A Rússia admitiu hoje não ter uma “imagem clara” da extensão da contaminação pelo novo coronavírus no país, pelo que o número de casos identificados permanece baixo em comparação com países da Europa Ocidental.

Covid-19: Rússia admite não ter a certeza sobre número de infetados no país

“O problema é que o volume de testes é muito baixo e ninguém tem uma imagem clara” da realidade na Rússia como se tem no resto do mundo, disse o presidente da câmara municipal de Moscovo, Sergei Sobyanin, que lidera o grupo de trabalho de combate à pandemia, na sequência de uma reunião com o Presidente Vladimir Putin, no Kremlin.

O chefe de Estado russo garantiu, várias vezes na semana passada, que a situação está sob controle no país, criticando a crise vivida em França e na Itália.

Sergei Sobyanin, político muito próximo de Putin, reconheceu hoje que os 290 casos de infetados pela pandemia da covid-19, provocada pelo novo coronavírus, registados na capital russa constituem um número subestimado, acrescentando que existem, “provavelmente 400 a 500” casos.

A Rússia divulgou hoje a existência oficial de 495 casos positivos de covid-19 em todo o país.

“É uma situação séria e que está a evoluir”, disse Sobyanin ao Presidente russo, de acordo com o Kremlin.

Responsável pela gestão de Moscovo adotou medidas mais restritivas na capital, como uma quarentena obrigatória a quem chega de viagem ou a limitação de reuniões públicas e o encerramento de estabelecimentos de ensino e locais de entretenimento, defendendo que cada uma das regiões russas deve seguir estes procedimentos.

Sobyanin pediu que especialmente as pessoas com mais de 65 anos sejam confinadas às suas casas, como acontecerá em Moscovo a partir da quinta-feira e sublinhou a importância de identificar os viajantes que chegaram do estrangeiro nas últimas semanas.

O autarca de Moscovo deu como exemplo a região de Primorye, no extremo oriente do país, onde 6.000 pessoas regressaram a casa depois de terem estado em “áreas infetadas”.

“É um problema, um grande problema. E, mais cedo ou mais tarde, o problema vai-se tornar viral”, concluiu.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com mais de 81.000 casos, tendo sido registados 3.277 mortes.

Nas últimas 24 horas a China reportou 78 novos casos, sendo quatro de contágio local e os restantes importados.

As 74 infeções importadas do exterior levantam receios de nova onda de contágio. Depois de cinco dias sem novas infeções locais, foi reportado um novo caso local, em Wuhan.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 860 mortes (19.856 casos), e os Estados Unidos, com 499 mortes (41.511 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

 

 

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