Covid-19: Portugal pode atingir 120 casos por 100 mil habitantes em 60 dias

Portugal poderá atingir 120 novos casos de covid-19 por cada 100 mil habitantes em dois meses, segundo o relatório de monitorização divulgado pela DGS e INSA.

Covid-19: Portugal pode atingir 120 casos por 100 mil habitantes em 60 dias

Portugal poderá atingir 120 novos casos de covid-19 por cada 100 mil habitantes em dois meses, segundo o relatório de monitorização divulgado pela Direção-Geral da Saúde e INSA.

“O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2/Covid-19 por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 66, com tendência ligeiramente crescente a nível nacional”, pode ler-se no segundo relatório de monitorização das “linhas vermelhas” da DGS e do INSA, relativo ao período entre 24 de março e 07 de abril.

“Estima-se que o tempo de duplicação da incidência seja de 86 dias, o que significa que, à atual taxa de crescimento, será preciso dois ou mais meses para atingir a linha de 120 casos por 100 mil habitantes”, alertam os dois organismos.

Em 11 de março, na apresentação do plano de desconfinamento, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que as medidas de reabertura serão revistas sempre que Portugal ultrapassar os “120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias” ou sempre que o Rt – o número médio de casos secundários que resultam de um caso infetado pelo vírus – ultrapasse 1.

De acordo com o documento, o índice de transmissibilidade (Rt), a nível nacional está nos 1,02. Assim sendo, observa-se um aumento do valor do Rt desde 10 de fevereiro de 2021, ou seja, há dois meses que este valor tem subido consecutivamente.

Mais jovens responsáveis por aumento de contágios

A região do Algarve, que no primeiro relatório apresentava o valor mais elevado, caiu de 1,19 para 1,05, “sugerindo o desacelerar do aumento da incidência na região”, indicam a DGS e o INSA.

De acordo com os organismos, “verificou-se um ligeiro aumento da transmissão nas faixas etária mais jovens, mas com menor risco de evolução desfavorável da doença” e “o recente período pascal e o início do desconfinamento são fatores que podem interferir” na situação, “com reflexos visíveis nas próximas semanas”.

O relatório indica que o número diário de casos de covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente “tem tido tendência decrescente“, sendo de 122 em 07 abril, inferior ao valor crítico definido (245 camas ocupadas).

A nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 1,5% (de 02 a 08 de abril), valor que se mantém abaixo do objetivo definido de 4%, sendo que o total de testes realizados nos últimos 7 dias foi de 238.821.

Variante do Reino Unido representa mais de 80% dos casos

Por sua vez, “dados de sequenciação relativos ao mês de março (essencialmente 1.ª quinzena) indicaram que a variante B.1.1.7 (associada ao Reino Unido) representava já 82,9% dos casos de infeção por SARS-CoV-2/Covid-19 em Portugal (Continente e Regiões Autónomas)”, indica o documento.

Foram confirmados 29 casos da variante P.1 (associada a Manaus, Brasil) através da avaliação de casos suspeitos indicados pelas autoridades de saúde ou através de ensaios laboratoriais.

A sequenciação em larga escala em março indicou uma frequência relativa desta variante de 0,4%, indiciando a sua reduzida circulação no território nacional, pode ler-se no relatório.

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