Covid-19: ONG Médicos Unidos da Venezuela alerta para morte de profissionais de saúde

A ONG Médicos Unidos de Venezuela alertou hoje o país está a ficar “sem pessoal sanitário” e que já morreram 537 profissionais da área da saúde desde o início da pandemia da covid-19.

Covid-19: ONG Médicos Unidos da Venezuela alerta para morte de profissionais de saúde

A ONG Médicos Unidos de Venezuela alertou hoje o país está a ficar “sem pessoal sanitário” e que já morreram 537 profissionais da área da saúde desde o início da pandemia da covid-19.

Segundo a MUV, as últimas 15 mortes de profissionais do setor ocorreram entre 30 de abril e 4 de maio de 2021.

“Recebemos informações sobre 15 novas mortes de pessoal do setor da saúde com critérios da covid-19, para chegar a 537, enquanto os porta-vozes oficiais reportam 2.208 mortes totais no país”, explica a ONG na sua conta do Twitter.

Na mesma rede social, a MUV sublinha que “o país está a ficar sem pessoal sanitário e isso não parece importar”.

A ONG explica que entre 30 de abril e 04 de maio faleceram os odontólogos Gualberto Molina e Alejandro Arabadis dos estados de Anzoátegui e Falcón, respetivamente.

Também os cirurgiões Maria Auxiliadora Rangel, Francklin Azocar e Rosário Branco, do estado de  Carabobo, Henry Ventura e Christian Ferreira  do Distrito Capital, Nedda Millán de Galindo (de Anzoátegui), Ruben Vizternivk (Lara), Lázaro Navas (Falcón) e Nério Morales (Zúlia)

Faleceram ainda as enfermeiras Martha Josefina Manzanilla Morales (de Zúlia), Gisela Margarita Olivo Ruíz (Arágua) e José Paez (do Distrito Capital), e o farmacêutico Elisa Lapenna de Nova Esparta.

Em 06 de abril último a ONG Médicos Unidos de Venezuela instou as autoridades venezuelanas a declararem uma “emergência nacional” para proteger os trabalhadores do setor da saúde.

Os dados sobre a morte de profissionais sanitários fazem parte de um registo que a própria ONG realiza desde 16 de junho de 2020, “com base em critérios clínicos, epidemiológicos, de radiodiagnóstico e de laboratório (PR/RT-PCR)”.

Segundo a Academia de Medicina e a Academia de Ciências Físicas, Matemáticas e Naturais, da Venezuela, a Venezuela está “perante uma nova onda epidémica” pelo que “é urgente vacinar” a população contra o coronavírus.

O país recebeu meio milhão de doses de vacinas da farmacêutica estatal chinesa Sinopharm e pelo menos 250 mil doses da vacina russa Sputnik V.

Entretanto a Venezuela anunciou que pagou a compra de mais de 11 milhões de vacinas contra a covid-19, através do Fundo de Acesso Global para Vacinas Covid-19 (Covax).

Na Venezuela estão oficialmente confirmados 201.807 casos de covid-19. Há ainda 2.208 mortes associadas ao novo coronavírus, desde o início da pandemia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.230.058 mortos no mundo, resultantes de mais de 154,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.983 pessoas dos 838.102 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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