Covid-19: afinal, máscaras “pouco ou nada” fizeram para conter transmissão

Três depois do eclodir da pandemia provocada pela covid-19, chegou-se à conclusão de que as máscaras foram, afinal, inúteis para travar a disseminação do vírus.

Covid-19: afinal, máscaras

A posição do Centro de Controle e Prevenção de Doenças sobre o uso de máscaras faciais deu muitas voltas e reviravoltas durante a pandemia da covid-19. Numa primeira fase, as máscaras não eram necessárias e até eram desaconselhadas. Em abril de 2020, foi pedido que todos passassem a usar máscaras, com exceção das crianças mais novas. Agora, uma nova investigação científica – liderada por 12 investigadores de conceituadas universidades de todo o mundo – sugere que o uso de máscaras pode ter feito pouco ou nada para conter a transmissão do SARS-CoV-2.

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Investigação analisou covid-19, gripe H1N1 e gripe sazonal

Publicado pela Cochrane Library, o estudo analisou as descobertas de 78 ensaios clínicos aleatórios para determinar se estas “intervenções físicas” – como máscaras e álcool gel – diminuíram a propagação do vírus respiratório. Comparando aqueles que usaram máscaras médicas/cirúrgicas com os que não usaram, a pesquisa descobriu que “usar máscara pode fazer pouca ou nenhuma diferença na quantidade de pessoas que contraíram uma doença semelhante à gripe/covid-19”. Além disso, os investigadores acrescentam que “provavelmente faz pouca ou nenhuma diferença no número de pessoas têm gripe/covid confirmada por um teste de laboratório”

De seguida, foi comparado o uso máscaras médicas/cirúrgicas com respiradores N95. Mais uma vez, a conclusão aponta que o seu uso “provavelmente fez pouca ou nenhuma diferença no número de pessoas com gripe confirmada”. “Teve pouca ou nenhuma diferença no número de pessoas que contraíram uma doença semelhante à gripe, ou doença respiratória”, explicam ainda. Os dados foram recolhidos durante a pandemia de gripe H1N1 em 2009, épocas de gripe não epidémicas, épocas de gripe epidémicas até 2016 e a pandemia de covid-19, esclarecem os autores do estudo.

Foto: Shutterstock

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