Costa admite que “berbicacho” com AstraZeneca pode tornar vacinação mais morosa

O primeiro-ministro admitiu que se a EMA confirmar a existência de um “berbicacho” com a vacina da AstraZeneca, haverá inevitáveis consequências na morosidade dos planos de vacinação na UE.

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O primeiro-ministro admitiu hoje que, se for confirmado pela EMA a existência de um um “berbicacho” com a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, haverá inevitáveis consequências na morosidade dos planos de vacinação da União Europeia.

António Costa assumiu esta posição em conferência de imprensa, em São Bento, no final de uma reunião por videoconferência com presidentes de câmaras dos sete municípios que registam mais de 240 casos de covid-19 por cem mil habitantes nos últimos 15 dias: Alandroal, Carregal do Sal, Moura, Odemira, Portimão, Ribeira de Pena e Rio Maior.

Confrontado com o facto de o responsável pela estratégia de vacinação na Agência Europeia do Medicamento (EMA), Marco Cavaleri, ter assumido a existência de uma “ligação” entre a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca e os casos de tromboembolismos após a sua administração, António Costa disse que é preciso aguardar pela posição oficial da EMA sobre essa mesma matéria.

“No quadro da União Europeia, consideramos que é fundamental que haja uma posição uniforme relativamente às recomendações e indicações fixadas pela EMA no que respeita a cada uma das vacinas. Se houver um berbicacho, então isso terá inevitáveis consequências no processo de vacinação”, apontou o primeiro-ministro.

Neste ponto, António Costa referiu que o processo de vacinação na Europa tem estado “fortemente condicionado pela capacidade de produção a montante”, designadamente “pelo incumprimento por parte da AstraZeneca das suas obrigações contratuais”.

“Se houver restrições acrescidas, isso traduzir-se-á inevitavelmente numa maior morosidade na forma de desenvolvimento do plano de vacinação”, reforçou o primeiro-ministro.

António Costa observou depois que, neste momento, na União Europeia, não há vacinas alternativas para substituir imediatamente as da AstraZeneca.

“E as indicações médicas e farmacológicas, obviamente, têm de ser seguidas e respeitadas”, acrescentou.

 

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