Consumo de antibióticos em Portugal baixou 20% nos primeiros nove meses do ano

A dispensa de antibióticos nas farmácias comunitárias baixou 20% entre janeiro e setembro deste ano, com menos 1,2 milhões de embalagens relativamente ao período homólogo, disse o Infarmed.

Consumo de antibióticos em Portugal baixou 20% nos primeiros nove meses do ano

Os dados foram revelados quando se assinala o Dia Europeu do Antibiótico e numa altura em que Infarmed, Direção-Geral da Saúde e Instituto Nacional de Saúde promovem uma campanha alargada no âmbito da Semana Mundial dos Antibióticos. Segundo a informação da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), nos primeiros nove meses do ano foram dispensadas nas farmácias comunitárias menos 1.249.637 embalagens de antibióticos do que em igual período do ano anterior.

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Prescrição de antibióticos em Portugal Portugal abaixo da média europeia

Assim, a média de embalagens de antibióticos dispensada nas farmácias passou de 17,46 doses diárias definidas por mil habitantes por dia (DHD) para 13,97 DHD. De acordo com os dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), Portugal voltou a ficar abaixo da média europeia em 2019, tanto a nível hospitalar como no consumo em meio ambulatório.

Portugal é ainda referido como o único país, para além da Noruega, onde a redução do consumo de carbapenemes (classe de antibióticos que é muito importante preservar, uma vez que é considerada terapêutica fim de linha em infeções graves) foi considerada estatisticamente significativa entre 2010 e 2019.

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Infarmed quer incentivar o uso adequado dos antibióticos

“À semelhança do que se verificou no ano passado, foi enviada informação específica aos médicos e farmacêuticos de todo o país e materiais para colocação nas unidades de saúde e farmácias comunitárias”, sublinha o Infarmed.

O objetivo, acrescenta, é “continuar a incentivar o uso adequado dos antibióticos, tendo em conta que o arsenal terapêutico pouco tem sido reforçado nos últimos anos e que os atuais medicamentos estão em risco de perder a sua eficácia face ao crescimento das resistências bacterianas”.

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