Centenas de professores protestam frente ao Ministério contra alterações aos concursos

Várias centenas de professores estão hoje concentrados em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, em protesto contra as propostas do Governo de alteração ao regime de concursos.

Centenas de professores protestam frente ao Ministério contra alterações aos concursos

A concentração foi convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) com o objetivo de entregar à tutela um abaixo-assinado subscrito por mais de 43 mil docentes, contra as propostas apresentadas pelo ministro João Costa no âmbito do processo negocial da revisão do regime de recrutamento e mobilidade docente.  Pelas 11:00, estavam já centenas de professores concentrados em frente ao Ministério da Educação, a que se juntaram entretanto outros tantos, estando ainda a chegar muitos docentes que viajaram para Lisboa de várias zonas do país nos cerca de oito autocarros previstos. Entre apitos e buzinas, os professores gritam a palavra “Respeito”, repetida também nos cartazes que seguram, e palavras de ordem como “Ministro, escuta, professores estão em luta”.  O protesto dos professores motivou o condicionamento de trânsito na Avenida Infante Santo, em Lisboa.

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A possibilidade de diretores ou entidades locais contratarem docentes é o principal motivo de contestação dos professores quanto à revisão do regime de recrutamento, que começou a ser negociado em setembro entre o Ministério da Educação e as organizações sindicais. Na última reunião negocial, no início de novembro, o ministro da Educação, João Costa, apresentou algumas propostas gerais que previam, por exemplo, a transformação dos atuais 10 quadros de zona pedagógica em mapas docentes interconcelhios, alinhados com as 23 comunidades intermunicipais, bem como a criação de conselhos locais de diretores que decidiriam sobre a alocação às escolas dos professores integrados em cada mapa.

Entre apitos e buzinas, os professores gritam a palavra “Respeito”, repetida também nos cartazes que seguram

Os sindicatos rejeitaram essa possibilidade, justificando que representa um passo na municipalização da contratação de professores, e exigiram que a graduação profissional continue a ser o único critério dos concursos. O processo negocial deverá ser retomado nas próximas semanas, não estando agendada ainda nova reunião.

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