Catarina Martins acusa Governo de colocar em causa direito dos professores à greve

A coordenadora do BE defendeu hoje que “a ideia de que cabe aos professores em greve garantir funções essenciais” de apoio social nas escolas é uma “forma maliciosa” do executivo colocar em causa o direito à greve.

Catarina Martins acusa Governo de colocar em causa direito dos professores à greve

“A ideia de que cabe aos professores em greve garantir as funções essenciais de acolhimento e apoio social nas escolas é apenas uma forma maliciosa de o Governo colocar em causa o direito à greve”, escreveu a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, numa mensagem publicada na sua conta oficial na rede social ‘Twitter’.

No ‘tweet’, acompanhado por imagens de professores em protesto, a líder do BE acrescentou que “a educação não é serviço mínimo e a maioria absoluta não pode continuar a negar as condições básicas que as greves reclamam: carreiras e tempo de serviço respeitados, concursos transparentes, despesas de deslocação como noutras profissões, condições de trabalho”.

Professores e pessoal não docente manifestam-se hoje em Lisboa, num protesto organizado pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) para exigir melhores condições de trabalho e salariais e contra os serviços mínimos nas escolas.

A marcha realizou-se entre o edifício do Ministério da Educação e a residência oficial do Presidente da República, local onde os primeiros manifestantes chegaram pouco depois das 16:15 gritando “está na hora de o Presidente vir cá fora”.

O Tribunal Arbitral decidiu fixar esta sexta-feira serviços mínimos, a pedido do Governo, para a greve por tempo indeterminado de professores e não docentes, que se prolonga desde dezembro, informou hoje o Ministério da Educação.

Em comunicado, o Ministério da Educação justificou o pedido de definição de serviços mínimos com a “duração e imprevisibilidade das greves decretadas pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) e consequências acumuladas para os alunos, no que concerne a sua proteção, alimentação e apoio em contextos de vulnerabilidade”.

Na semana passada, o STOP recusou a proposta da tutela de serviços mínimos que permitem ter as escolas abertas, dar refeições e acolher alunos com necessidades educativas especiais.

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