Casos de urgência hospitalar por todas as causas sobem 7% na semana passada

Os episódios de urgência hospitalar por todas as causas aumentaram 6,9% na segunda semana do ano face à anterior, segundo dados da DGS, que apontam também para “um ligeiro aumento” das consultas médicas nos centros de saúde.

Casos de urgência hospitalar por todas as causas sobem 7% na semana passada

Os episódios de urgência hospitalar por todas as causas aumentaram 6,9% na segunda semana do ano face à anterior, segundo dados da DGS, que apontam também para “um ligeiro aumento” das consultas médicas nos centros de saúde. Os dados relativos à semana de 09 a 15 de janeiro constam do relatório semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS) “Resposta sazonal em saúde — Vigilância e Monitorização”, segundo o qual a procura dos serviços de saúde por síndrome gripal e outras infeções respiratórias baixou neste período. Na segunda semana de janeiro, registaram-se 732.588 consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários, mais 2% relativamente à semana anterior e uma diminuição da proporção de consultas por síndrome gripal (0,24%; -0,11 pontos percentuais) e por infeção respiratória aguda (4,7%; -1,0 p.p.).

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Relativamente à procura das urgências hospitalares, o relatório, publicado no ‘site’ da DGS, refere que foi registado um aumento do número de casos por todas as causas, totalizando 122.721, mais 6,9% do que na semana anterior. Observou-se, contudo, uma diminuição de 10,9% da proporção dos episódios de urgência por gripe (612). Verificou-se, porém, um ligeiro aumento das situações de urgência devido a gripe que necessitaram de internamento (7,5%; +0,7 p.p.). Também se assinalou um aumento ligeiro da média móvel a sete dias da ocupação de camas em enfermaria por todas as causas (80%) e uma estabilização da média móvel a sete dias da ocupação de camas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) por todas as causas (71%). A Rede de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em UCI reportou uma diminuição dos doentes com gripe que necessitaram destes cuidados (1,4%).

Também se assinalou um aumento ligeiro da média móvel a sete dias da ocupação de camas em enfermaria por todas as causas

Desde o início da época, a maioria dos casos de gripe em UCI correspondeu ao grupo etário com 65 ou mais anos (54,9%) e ao subtipo A(H3), quando subtipado, e apresentou doença crónica (82,4%). “Foi reportado que 88,2% dos doentes tinham recomendação para vacinação contra a gripe sazonal, dos quais apenas 48,7% estavam, de facto, vacinados”, sublinha a DGS. No dia 15 de janeiro foram reportados 317 casos com covid-19 internados (-8% em relação à semana anterior), dos quais 24 casos se encontravam internados em UCI (-35%), um valor que corresponde a 9,4% do nível de alerta de 255 camas de UCI ocupadas. Também se observou uma diminuição do número de internamentos por Vírus Sincicial Respiratório (RSV) em crianças como menos de dois anos.

O número total de atendimentos triados pelo SNS24 também diminuiu para 22.834 atendimentos semanais (-11,2%), assim como o número de chamadas para o INEM (29.012 chamadas; -0,5%). O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) registou igualmente uma redução do número de ocorrências (27.572; -1,5%) e do número de acionamentos dos meios de emergência médica (27.146; -1,8%) Neste período foram emitidos 2.602 certificados de óbito, precisam os dados, acrescentando que “a mortalidade geral esteve de acordo com o esperado ao nível nacional”. A mortalidade específica por covid-19 apresentou uma tendência estável, abaixo do limiar recomendado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo da Doença (20 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes).

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