Artistas homenageiam rapper moçambicano Azagaia com espetáculo em Lisboa

Valete, Sérgio Godinho, Paulo Flores, Maria João e Karyna Gomes são alguns dos 22 músicos que na quinta-feira dão um espetáculo em Lisboa como homenagem ao rapper e ativista moçambicano Azagaia, consagrado herói nacional pelo povo moçambicano.

Artistas homenageiam rapper moçambicano Azagaia com espetáculo em Lisboa

Artistas homenageiam rapper moçambicano Azagaia com espetáculo em Lisboa

Valete, Sérgio Godinho, Paulo Flores, Maria João e Karyna Gomes são alguns dos 22 músicos que na quinta-feira dão um espetáculo em Lisboa como homenagem ao rapper e ativista moçambicano Azagaia, consagrado herói nacional pelo povo moçambicano.

O espetáculo realiza-se na Casa Independente, em Lisboa, com a curadoria do rapper Valete.

“Consagrado herói nacional pelo povo moçambicano e com repercussão internacional, Edson da Luz deixa um legado e reportório musical que desconstrói o período pós-colonial e o presente de descolonização, transversal a Portugal e a todos os países de expressão portuguesa”, lê-se na informação que promove o evento.

“Mano Azagaia”, como foi carinhosamente apelidado, ficou célebre pela crítica aberta à governação em Moçambique e por dar voz aos problemas da população, de tal forma que em 2008 chegou a ser questionado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

As rimas não passavam na rádio e televisão públicas e os deputados da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder desde a independência, apontavam-no como intérprete da oposição.

O rapper morreu em 09 de março, consternando milhares de fãs e sobretudo jovens que se reveem nas suas mensagens.

No dia seguinte à sua morte, centenas de pessoas, sobretudo jovens, juntaram-se em Maputo numa vigília.

Durante as cerimónias fúnebres do chamado ‘rapper’ do povo, que juntou milhares de pessoas na capital moçambicana, em 14 de março, o cortejo foi bloqueado por blindados e polícia fortemente armada num ponto do percurso que passaria em frente à residência oficial do Presidente da República.

Houve momentos de tensão e chegou a ser disparado gás lacrimogéneo para dispersar a multidão, que teve de recorrer a uma via alternativa.

Na sequência desta e outras iniciativas de homenagem a Azagaia, várias pessoas foram feridas, o que motivou críticas de organizações nacionais e internacionais à repressão policial de manifestações consideradas pacíficas.

SMM (LFO/EYAC/LT) // VM

By Impala News / Lusa

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