Apresentador russo suspenso por incitar morte de crianças ucranianas

O apresentador do canal de televisão estatal russo RT Antón Krasovski foi suspenso por defender a morte de crianças ucranianas. “Afoguem estas crianças, afoguem-nas”, defendeu. Depois, deu ainda a opção de “queimá-las”.

Apresentador russo suspenso por incitar morte de crianças ucranianas

O apresentador do canal de televisão estatal russo Russia Today (RT) Antón Krasovski foi suspenso depois de dizer que crianças que criticavam a Rússia deveriam ter sido “atiradas a um rio com uma corrente forte” ou, em alternativa, “colocadas numa cabana e queimadas”.

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Krasovski fez esse comentário num programa transmitido ao vivo no dia 20, durante uma entrevista com o escritor de ficção científica Sergeri Lukianenko, que lhe disse que, na primeira vez que esteve na Ucrânia, em 1980, algumas crianças disseram que viveriam melhor se não fosse o facto de os russos ocuparem o seu país. “Eles deveriam ter se afogado no Tysyna”, disse Krasovsky em resposta. “Afoguem estas crianças, afoguem-nas”, defendeu, além de ter sugerido  “queimá-las.  Um segmento da entrevista também mostra Krasovsky a rir de relatos de que soldados russos tinham violado idosas ucranianas durante a invasão.

Margarita Simonyan, editora-chefe do canal de notícias controlado pelo Estado russo, disse que Krasovsky foi suspenso por causa dos seus “comentários repugnantes”, acrescentando que ninguém no Russia Today partilha da mesma opinião. “Por enquanto, vou suspender a nossa cooperação [com Krasovski], porque nem eu nem ninguém na RT pode permitir que se possa pensar que alguém daqui partilha estas ideias de selvajaria”, escreveu em comunicado. “O que Krasovski disse é selvagem e repugnante. Talvez o Antón explique que loucura temporária o levou a dizer isso. É difícil acreditar que Krasovski acredite sinceramente que as crianças devem ser afogadas”, declarou a diretora da RT.

Entretanto, Krasovsky já veio pedir desculpa, dizendo estar “muito envergonhado” com as suas próprias declarações.

Tanto o canal RT como a agência russa de notícias Sputnik, ambos controlados pelas autoridades russas, estão sob sanções da União Europeia, que suspendeu as suas atividades por alegadamente promoverem e apoiarem a agressão militar contra a Ucrânia e a desestabilização dos seus países vizinhos.

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