Ambientalistas assinalam Dia Mundial da Água com marcha pelos recursos hídricos

Cerca de três dezenas de manifestantes de todo o país marcharam hoje entre a Assembleia da República e a Praça do Comércio, em Lisboa, para apelar à proteção dos recursos hídricos.

Ambientalistas assinalam Dia Mundial da Água com marcha pelos recursos hídricos

Ambientalistas assinalam Dia Mundial da Água com marcha pelos recursos hídricos

Cerca de três dezenas de manifestantes de todo o país marcharam hoje entre a Assembleia da República e a Praça do Comércio, em Lisboa, para apelar à proteção dos recursos hídricos.

A ação de protesto faz parte de iniciativas organizadas pelo grupo ambientalista Movimento Pelas Águas e Serras para assinalar o Dia Mundial da Água.

A iniciativa luta contra o que o movimento considera ser a negligência do Governo em relação à gestão e proteção dos recursos hídricos.

Segundo o movimento, nos últimos anos tem-se observado, a nível nacional, um “agravamento da crise hídrica” e uma degradação de florestas e ecossistemas, cuja proteção, diz, não é contemplada pela legislação atual.

Para fazer face a este cenário, é necessário executar “um chamado coletivo de ação” ao Governo para que ponha em prática medidas de proteção ambiental e foi para reivindicar mudanças que hoje realizou a marcha.

“A questão hídrica, que é fundamental para a nossa vida, não está a ser tratada com o cuidado que devia”, afirmou Mariana Alves, coordenadora do movimento.

Um dos principais problemas é a aprovação da exploração de lítio em minas a céu aberto, como é o caso da mina Covas Barroso, Património da Agricultura.

“O Governo assinou contratos de mineração a céu aberto. Querem construir uma mina que, num dia irá gastar o mesmo que Montalegre em cinco meses”, afirmou ambientalista, lembrando a poluição decorrente desta atividade.

Mariana Alves apela a uma ação por parte do Governo, que, defende, deveria optar por investir em projetos regenerativos e salvaguardar as florestas, que permitem a retenção de água.

O cidadão inglês Kiumas Coates, que reside em Portugal desde novembro, decidiu também marcar presença na marcha, justificando que é importante lutar pela defesa dos recursos hídricos e por acreditar que a pressão da opinião pública poderá trazer mudanças ao paradigma atual.

“Gostaria que o Governo colocasse o nosso futuro alimentar e a nossa saúde, que se baseia no acesso à água, acima do lucro”, disse à Lusa.

“Esperamos isso das empresas. As empresas colocam o lucro acima da vida. Do Governo, esperamos que nos protejam”, finalizou.

Durante o protesto os manifestantes empunhavam cartazes a apelar à proteção e investimento nos cursos de água nacionais.

“Sem Rio Não Há Pão”; “Planta Água”; “Guardar Rios / Guardar Vidas; “Mineração ver nem pintada”; “Minas com que água?”, eram algumas das mensagens.

O Movimento Pelas Águas e Serras volta a reunir-se no sábado no Parque Eduardo VII, em Lisboa, para mais uma marcha em prol do ambiente e proteção dos recursos hídricos.

FZL/CC // CC

By Impala News / Lusa

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