“A Rosa afastava-se das pessoas com nível de vida mais baixo”, diz amigo do triatleta

A leitura da sentença de Rosa Grilo está agendada para dia 3 de março depois de já ter sido adiada várias vezes

António Lemos, amigo de Luís Grilo, em entrevista ao programa Linha Aberta, descreve-o como um homem preocupado com ” a mulher e o filho”.

Quanto a Rosa Grilo, acusada da morte do marido em compadrio com o então amante António Joaquim, diz que convivia com ela por força dos treinos e provas que fazia em conjunto com o amigo triatleta. “A Rosa era simpática, mas afastava-se das pessoas com nível de vida mais baixo”, diz, com forte tom de crítica.

“Eles não eram aquele tipo que casal de andar aos abraços e beijinhos. Não diria que era um casamento de fachada, mas via-se que havia ali um afastamento”, comenta.

António recorda ainda que, no último treino juntos antes do desaparecimento de Luís, o triatleta teve de chamar pela mulher pois esta já nem lhe prestava a atenção que por ele tinha noutros tempos. Este afastamento será justificado pela relação escondida que Rosa mantinha com António Joaquim.

Do desaparecimento, em junho de 2018, recorda ainda a atitude pouco interessada de Rosa. “Não gostei. Eu conheço a zona e umas horas depois eu disse: O Grilo, nesta zona, acidente? Completamente impossível”. António revela que à data achou que Rosa não estaria preocupada e até fazia piadas com o desaparecimento do informático.

“Quando o Luís desapareceu, estranhei muitas coisas. Durante as buscas, ela andava ali por andar porque a gente não ia encontrar coisa alguma.

Sobre se Rosa é ou não culpada, António deixa parcas palavras mas afirma que “Luís era forte. Não acredito que a Rosa o tivesse assassinado sozinha”.

 

António Lemos foi chamado a tribunal no qualidade de testemunha, a 18 deste mês, mas acabou por ser dispensado. Com o amigo falecido diz que nunca falou sobre diamantes ou angolanos e que não vê razões para que Luís estivesse a ser ameaçado, uma vez que e”não fazia mal a ninguém”.

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Luís Grilo desapareceu a 16 de julho de 2018

Luís Grilo, de 50 anos, residente na localidade das Cachoeiras, concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, desapareceu em 16 de julho de 2018. O corpo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição, mais de um mês após o desaparecimento, no concelho de Avis, distrito de Portalegre, a mais de 130 quilómetros da sua casa.

O cadáver do triatleta foi encontrado perto de Alcôrrego, num caminho de terra batida, junto à Estrada Municipal 1070, por um popular que fazia uma caminhada na zona e que alertou o posto de Avis da Guarda Nacional Republicana (GNR) para esta ocorrência.

O Ministério Público acusou Rosa Grilo e António Joaquim, com quem a viúva mantinha uma relação extraconjugal, da morte do triatleta.O crime terá sido combinado e planeado por ambos para tirar a vida a Luís Grilo, mediante o uso de arma de fogo, o que fizeram, entre o fim do dia 15.07.2018 e o início do dia seguinte, no interior da residência do casal.

 

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