Ativista Amal Clooney vai defender jornalistas da Reuters presos na Birmânia

A advogada de direitos humanos Amal Clooney, mulher de George Clooney, anunciou que representará os dois jornalistas da agência Reuters detidos na Birmânia.

Ativista Amal Clooney vai defender jornalistas da Reuters presos na Birmânia

A advogada de direitos humanos Amal Clooney, mulher do ator George Clooney, anunciou hoje que representará os dois jornalistas da agência Reuters detidos em Mianmar (Birmânia).

Os jornalistas birmaneses Wa Lone, de 31 anos, e Kyaw Soe Oo, de 27, foram presos em dezembro do ano passado, estando acusados de revelar segredos oficiais. A pena por esse delito por ir até aos14 anos de prisão.

Os dois jornalistas estavam a investigar o assassínio de dez membros da minoria muçulmana rohingya por parte das forças de segurança da etnia rakain no norte do país.

“O desenlace desse caso dirá muito sobre o compromisso de Mianmar com o Estado de Direito e a liberdade de expressão”, declarou a ativista e advogada britânica de origem libanesa.

O envolvimento da mulher de Clooney no caso ajuda também a chamar a atenção do mundo para o destino dos jornalistas detidos numa prisão em Yangun.

O ex-presidente americano Bill Clinton e o secretário-geral da ONU António Guterres são alguns dos nomes que já pediram ao governo birmanês que liberte os jornalistas.

Quase 700.000 muçulmanos de origem rohingya fugiram das suas aldeias para o Bangladesh desde agosto de 2017 devido à repressão dos militares birmaneses.

A comunidade internacional, sobretudo a ONU, tem exortado a líder do Governo birmanês, Aung San Suu Kyi, a terminar com as perseguições à minoria muçulmana, frequentemente descritas como uma “limpeza étnica”.

A Birmânia não reconhece a cidadania aos rohingya, que considera imigrantes bengalis, e sujeita-os a diferentes tipos de discriminação, incluindo restrições à liberdade de movimentos.

 

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