Na 13ª sessão do julgamento da invasão à Academia de Alcochete, José Laranjeira – membro da equipa técnica do Sporting à data – foi a primeira testemunha a ser ouvida. José Laranjeira demonstra não se recordar de muitos detalhes, referindo apenas que «no fim» do ataque, viu Jorge Jesus «a correr atrás dos adeptos». «Segui atrás do mister que dizia: ‘agarra este, agarra aquele», recorda, referindo que além de Bas Dost não viu mais ninguém ferido.

LEIA DEPOIS
PJ faz buscas em casas de empresário milionário suspeito de orgias com menores

Questionado sobre se viu algum dos invasores de cara descoberta, refere que viu após o ataque alguns indivíduos a falarem com Jorge Jesus e William Carvalho. «Quando já não estava ninguém (dos invasores) dentro das instalações vi indivíduos sem máscara. Estavam a falar com o Jorge Jesus. Estava também o William. Diziam (Fernando Barata e Aleluia) que tinham ido lá para falar, que também não estavam à espera daquilo.»

O ambiente dentro do balneário após a invasão era de «muita confusão»

«Garrafões de água pelo chão, lixo, equipamentos. Muita confusão. Claramente houve ali muita confusão fora do normal», recorda. Relativamente às reuniões que antecederam o dia 15 de maio, José Laranjeira revela ter estado presente na última, que era dirigida ao staff. «Estive na terceira reunião do dia 14 de maio. Não durou muito tempo, durou bem mais a espera. Estava Bruno de Carvalho, André Geraldes e mais alguns membros administrativos», começa por referir. «O presidente tentou perceber quem é que estava com a direção. A única coisa que associei foi que havia uma forte possibilidade de Jorge Jesus ser despedido. Com essa pergunta deduzi que estivesse eminente.

Texto: Sílvia de Abreu

LEIA MAIS
Portugueses consomem mais de 10 milhões de embalagens de ansiolíticos num ano
Um Desejo de Natal: a história do novo filme da SIC

Siga a Impala no Instagram