Associação de jornalistas timorense preocupada com jornalista detido

A Associação de Jornalistas de Timor-Leste (AJTL) manifestou preocupação pela detenção de um jornalista timorense suspeito de envolvimento em incidentes no fim de semana, apesar do profissional garantir que não estava no local

Associação de jornalistas timorense preocupada com jornalista detido

Associação de jornalistas timorense preocupada com jornalista detido

A Associação de Jornalistas de Timor-Leste (AJTL) manifestou preocupação pela detenção de um jornalista timorense suspeito de envolvimento em incidentes no fim de semana, apesar do profissional garantir que não estava no local

“Estamos preocupados com a situação do jornalista que está atualmente detido na esquadra da polícia em Díli. Esperamos que a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) possa confirmar hoje a sua situação”, disse à Lusa a presidente da AJTL, Zevónia Vieira.

O jornalista faz parte de um grupo de mais de uma dezena de pessoas detidas pela PNTL na sequência de confrontos no sábado na zona de Lorumata, na capital timorense Díli, dos quais resultaram um morto e dois feridos graves.

Vieira explicou que, num primeiro contacto com o jornalista, que trabalha para a Televisão Educação (TVE), este explicou que esteve durante o dia de sábado na cidade de Baucau a fazer cobertura da campanha do Partido Libertação Popular (PLP).

O jornalista viajou com equipas do PLP para Díli e só chegou a casa cerca das 22:30, tendo pouco depois sido detido pela PNTL.

“A situação na sua zona era calma. A polícia apareceu em casa e deteve-o. Ele diz que um agente lhe deu um murro. Os agentes disseram que tinha de colaborar com a polícia”, explicou a responsável da AJTL.

“Elementos do PLP já confirmaram à PNTL que o jornalista esteve em Baucau. Pedimos à PNTL que clarifique este assunto e esperamos que hoje possa haver uma decisão”, explicou.

Arnaldo Araújo, porta-voz da PNTL, disse à Lusa que o caso “ainda está em investigação” e que a decisão final cabe ao Ministério Público.

“A PNTL faz o seu trabalho, de verificar a situação no terreno e depois cabe ao Ministério Público decidir. Se não houver evidências é libertado. O processo está a decorrer”, afirmou, referindo que a lei permite a detenção dos suspeitos até um máximo de 72 horas, prazo que termina hoje.

O comandante da PNTL, Henrique da Costa, garantiu à Lusa que os incidentes não estiveram relacionados com a campanha eleitoral que está a decorrer para as eleições legislativas de domingo, numa altura em que os principais partidos centram atenções na capital.

“O incidente não teve nada a ver com a campanha ou com apoiantes de qualquer partido político. Mais de 10 pessoas estiveram envolvidas e uma pessoa morreu e duas ficaram gravemente feridas”, explicou.

“A PNTL tomou ações imediatas no terreno e foram detidas 10 pessoas que estão na esquadra de Comoro. Os nossos investigadores vão levar o caso ao Ministério Público”, notou.

 

ASP // VQ

By Impala News / Lusa

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