Primeiro espumante dos Açores chega ao mercado e é certificado

O espumante dos Açores da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico 2017, Arinto dos Açores, é uma das novidades apresentada pela Picowines, bem como o (A)parecido, vinho branco de 2017, e a nova colheita do tinto Terras de Lava Reserva 2020.

Primeiro espumante dos Açores chega ao mercado e é certificado

O primeiro espumante dos Açores certificado já chegou ao mercado e o melhor de tudo é que não chegou sozinho. O Espumante Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico 2017, Arinto dos Açores, é uma das novidades apresentada pela Picowines. Também o (A)parecido, vinho branco de 2017, e a nova colheita do tinto Terras de Lava Reserva 2020 também já se encontram nas prateleiras das melhores garrafeiras do País. Vinhos especiais que evidenciam o terroir único da ilha do Pico.

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O Espumante Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico 2017 foi feito exclusivamente com a casta Arinto dos Açores da zona da Candelária, e sob a orientação de Bernardo Cabral, enólogo consultor da Picowines. A juntar ao novo espumante, surgem o (A)parecido, um branco monovarietal de Arinto dos Açores de 2017, que conta apenas com 252 garrafas, e a nova colheita do tinto Terras de Lava Reserva 2020, novas referências de diferentes castas e diferentes anos de vindimas que refletem a diferenciação e particularidade dos vinhos dos Açores.

Notas de algas do mar, iodo e maresia

Sobre o Espumante Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico 2017, com uma produção de cerca de 1300 garrafas, Bernardo Cabral explica que “é um espumante que não consegue esconder a sua origem. As notas de algas do mar, iodo e maresia conjugam-se com alguma panificação resultante do longo estágio com as leveduras livres, destes 4 anos em garrafa. Na prova, a bolha é muito elegante, equilibrando e envolvendo a acidez natural muito refrescante que o vinho tem. Acaba longo e com uma sensação inconfundivelmente salgada. Um vinho do qual nos orgulhamos por ser o primeiro espumante com Denominação de Origem Pico, e que nos deixa naturalmente gratos e muito satisfeitos com o trabalho desenvolvido”.

Um vinho branco tranquilo

Das várias novidades, a Cooperativa destaca o (A)parecido, um vinho 100% Arinto dos Açores, da zona Criação Velha, resultado de uma das primeiras experiências levadas a cabo por Bernardo Cabral, em 2017. Quanto ao processo de vinificação, é um vinho que passou por uma fermentação em barrica antiga e estagiou durante 8 meses com borras finas.

“De cor amarelada e laivos dourados, o (A)parecido revela uma grande complexidade e frescura, onde a fruta cítrica e araçá estão envolvidas num perfil que se vai mostrando em diferentes camadas como nozes, mineralidade, algas, iodo e mesmo pólvora. Podemos afirmar que é um vinho branco tranquilo com um método de vinificação diferente e, por isso mesmo, após a sua conclusão foi engarrafado. Ficará como testemunho de uma experiência muito bem-sucedida.”, acrescenta Bernardo Cabral.

O (A)parecido conta uma história

No ano de 2017, com a intenção de conhecer o melhor possível as várias vinhas endógenas, castas e abordagens de vinificação, foram feitas várias experiências, sendo este o primeiro ano de trabalho de Bernardo Cabral na Cooperativa. Os resultados materializaram-se tanto em novos vinhos no portfólio, na Gama Monocastas, como experiências loteadas para as referências Frei Gigante.

No entanto, chegaram a engarrafar cerca de 280 garrafas de uma das experiências, francamente destacada pelo seu potencial e com o intuito de avaliar a sua evolução em garrafa. O vinho foi tão bem arrumado na adega (e de forma descaracterizada, pois não tinha qualquer rótulo) que demorou algum tempo a ser reencontrado. Mais tarde, Pedro Cavaleiro, Diretor Geral da Picowines, encontrou algumas destas garrafas e decidiu experimentar para perceber o que teriam e, num breve telefonema, contactou Bernardo Cabral referindo que “apareceu aqui um vinho que tens que provar, está espetacular!”, conta o responsável da Picowines, que recorda o momento com entusiasmo.

Entre muitas conversas divertidas à volta do assunto, uma das colaboradoras da Cooperativa, a ngela, sugere o que vem a ser o nome do vinho – a partir desse dia ficou batizado como (A)parecido.

Os novos vinhos não ficam por aqui

A Picowines apresenta também a nova colheita do Terras de Lava Reserva, um tinto de 2020 das castas Merlot e Cabernet, de cor rubi, aroma com frutos de cassis, pimentos maduros, mentol e funcho, notas vulcânicas e chocolate branco e ligeiro tostado das barricas onde estagiou.
Sobre este novo vinho, Bernardo Cabral afirma que “2020 teve um inverno chuvoso e uma primavera amena, permitindo bom abrolhamento e floração saudável, mas logo de início mostrando que haveria baixa frutificação.

Por sua vez, os meses de junho, julho e agosto foram secos e solarengos, e no mês de setembro registou-se alguma precipitação, não tendo influência na qualidade da uva, embora tenha tido uma produção baixa”. O Terras de Lava Reserva tinto 2020 estagiou em barricas de carvalho português e francês, de 225 litros, durante 12 meses. É mais um vinho açoriano que exprime as características e terroir únicos da ilha.

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