Inteligência Artificial permite perceber se cancro da mama se espalhará pelo corpo

Um grupo de cientistas desenvolveu um modelo de Inteligência Artificial que tem a possibilidade de prever se um tipo agressivo de cancro da mama se irá espalhar pelo corpo.

Inteligência Artificial permite perceber se cancro da mama se espalhará pelo corpo

Um grupo de cientistas desenvolveu um modelo de Inteligência Artificial que tem a possibilidade de prever se um tipo agressivo de cancro da mama se irá espalhar pelo corpo. Este modelo consegue detetar alterações nos gânglios linfáticos de mulheres com cancro da mama triplo negativo. Um dos primeiros lugares do corpo onde o cancro da mama se pode espalhar é nos gânglios linfáticos sob o braço do mesmo lado do cancro. O que, por norma, se traduz na necessidade de um tratamento mais intensivo.

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Referem os investigadores que a deteção de alterações nos gânglios linfáticos é algo que poderá ajudar os médicos a planear o tratamento. Ao mesmo tempo que confere alguma tranquilidade aos pacientes em relação à disseminação do cancro da mama triplo negativo. “Ao demonstrar que as alterações nos linfonodos podem prever se o cancro de mama triplo negativo se espalhará, construímos o nosso crescente conhecimento sobre o importante papel que a resposta imune pode desempenhar na compreensão do prognóstico de um paciente”, salienta Anita Grigoriadis, em declarações citadas pelo G1. Que liderou o estudo na Unidade de Cancro da Mama Agora no King´s College London.

Cancro da mama triplo negativo é responsável por 25% das mortes desta doença

O trabalho salienta ainda que um em cada sete, ou 15%, de todos os cancros da mama no Reino Unido são triplo negativo. O que significa que existem mais de 8 mil casos por ano. Este tipo de cancro não possui nenhum dos recetores (proteínas) frequentemente encontradas no cancro da mama. E é responsável por perto de 25% das mortes por cancro da mama. “Estamos a planear testar o modelo em mais centros em toda a Europa. Para torná-lo mais robusto e preciso”, termina Anita Grigoriadis.

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Texto: Bruno Seruca
Fotos: Shutterstock

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