Adultos saudáveis que fazem uma dieta com restrição calórica podem retardar o ritmo do próprio envelhecimento. A informação foi avançada por um estudo feito por cientistas da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, e os resultados publicados na revista Nature Aging.

Está comprovado que a restrição de calorias é uma intervenção que retarda o envelhecimento de animais. Mas neste novo estudo, os cientistas investigaram, pela primeira vez, os efeitos desta estratégia em humanos saudáveis a longo prazo. “Em vermes e moscas, a restrição calórica pode retardar os processos biológicos de envelhecimento e prolongar a expectativa de vida saudável”, explicou Daniel Belsky, professor associado de epidemiologia na Columbia Mailman School e autor do estudo. “Neste estudo tivemos como objetivo testar se a restrição calórica também retarda o envelhecimento biológico em seres humanos”, sustentou.

Estudo contou com a participação de 22 pessoas

O estudo CALERIE foi desenvolvido em três centros de pesquisa nos Estados Unidos e contou com a participação de 220 pessoas, entre homens e mulheres, com um Índice de Massa Corporal (IMC) menor de 27, e com idades compreendidas entre os 21 e 50 anos. Todos os participantes foram submetidos a uma dieta com restrição de 25% de calorias ou uma dieta normal ao longo de dois anos.

Os níveis de envelhecimento foram medidos a partir de amostras de sangue retiradas aos voluntários no início do estudo e depois de 12 e 24 meses. Foram encontradas evidências de que a restrição calórica diminuiu o ritmo do envelhecimento dos participantes. O efeito da dieta representou uma redução de 2% a 3% no ritmo do envelhecimento biológico. Os cientistas querem agora perceber os efeitos da dieta a longo prazo.

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