Se há um problema que tem sido motivo de discussões cada vez mais crescentes na sociedade, é a ansiedade. Segundo o especialista “é preciso explicar que aquela ansiedade sentida antes de uma reunião, ou antes de apresentar um trabalho na escola, por exemplo, é normal. É importante que o nosso corpo reaja dessa maneira em certas situações. Mas quando isso é constante e começa a atrapalhar a sua qualidade de vida já é preocupante”, começa por dizer.

O médico revelou que tem recebido no seu consultório cada vez mais pessoas com ansiedade e que isso se manifesta das mais diversas formas, desde a irritação fácil com filhos, esposa ou no trabalho, casos de perda de sono, ganho de apetite e de peso. “Antes mesmo que eu pergunte, dificilmente o paciente entra no meu consultório e não diz que está a sofrer de ansiedade, hoje é a minoria dos pacientes”. Para Yano, a pandemia teve um impacto forte nesta atual situação. “Foram dois anos difíceis. De perdas de entes queridos, emprego, muita gente a ter que fechar as portas dos negócios. Tudo isso contribuiu para o aumento de pessoas com ansiedade”, comentou.

Sintomas são semelhantes aos de problemas de coração

“O que acontece também é que pessoas ansiosas têm sintomas semelhantes aos de problemas de coração. É comum chegarem ao consultório referindo dor no peito, falta de ar, palpitação, sensação de tontura ou desmaio, pressão mal controlada”, completou. O médico fez um alerta para as pessoas que têm ansiedade porque “esse problema, quando não tratado adequadamente pode levar a um aumento de casos de enfarto, derrame cerebral e problemas de pressão alta.

Roberto Yano falou que um conselho às pessoas que sofrem com isso é procurar ajuda. “Da mesma maneira que vai ao cardiologista para cuidar do coração, deve também deve cuidar do seu psicológico. Se sofre de ansiedade, procure ajuda. Procure um psicólogo, terapeuta, um bom psiquiatra. Tão importante quanto cuidar do nosso órgão mais nobre (coração) é cuidar do cérebro. Se a sua cabeça não tiver bem, o corpo vai responder ficando doente”, alertou.

Yano ressaltou que uma forma natural de tratar a ansiedade, e a mais eficaz, é fazer exercício físico. “É fato que o exercício físico alivia o stress, faz o seu cérebro libertar mais endorfina, dopamina, serotonina e melhora o seu humor. Não há tratamento eficaz para a ansiedade sem associar o exercício físico. Então faça no mínimo 150 minutos de exercício físico por semana. Se puder fazer 300 minutos por semana, melhor ainda. Mas, claro, antes de intensificar seus exercícios, procure um bom cardiologista para conferir se seu coração está 100%”, revelou.

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