Zé Pedro: A grande história de amor do músico e Cristina Avides Moreira

Cristina foi a mulher que ensinou Zé Pedro a amar incondicionalmente. Por cumprir ficou o sonho de ser pai, ao lado da companheira

A música sempre foi a grande «companheira» de Zé Pedro. Pelo menos até ter aparecido Cristina Avides Moreira. Até lá, o guitarrista dos Xutos & Pontapés vivia para o rock e cultivou um pouco a fama de mulherengo e eterno solteirão. Há cerca de nove anos isso mudou. O músico apaixonou-se perdidamente por Cristina, o seu grande amor, a mulher que o ensinou a amar incondicionalmente.

«Depois de alguns anos à espera da pessoa certa, posso dizer que valeu a pena ter esperado, porque encontrei a minha outra metade», disse o músico.

Era frequente ouvir Zé Pedro falar, abertamente, sem medo das emoções, do amor que sentia por Cristina: «O amor é a coisa mais importante que uma pessoa pode levar da sua vida e quando se encontra o melhor, é não largar. Alimentá-lo, tratá-lo bem, cuidar dele, porque a coisa principal que tenho na vida é o amor pela Cristina e vice-versa.»

Aliás, o guitarrista dizia que o amor que sentia pela mulher era «tão forte» que a história da relação podia «ser contada daqui a uns tempos».

O CASAMENTO E A DOENÇA

Após quatro anos de namoro, Zé Pedro e Cristina Avides Moreira casaram-se, no dia 19 de janeiro de 2013, em Lisboa. «Esperei 56 anos pela noiva perfeita!», dizia, nervoso, momentos antes de dar o grande passo à revista Nova Gente.

«Foi o dia mais feliz da minha vida», disse, posteriormente, numa entrevista que deu ao Observador.

A cerimónia foi civil, decorreu no Hotel Pestana Palace em Lisboa, e contou com a presença de cerca de 180 convidados. «Casei-me tarde, mas foi para sempre, é como cantam os Xutos», afirmou na mesma entrevista.

A aliança no dedo era um orgulho: «Tenho uma aliança no dedo, que adoro», chegou a dizer. E o amor que sentia pela mulher, a sua «força». Cristina esteve sempre ao lado do marido em todos os momentos. Foi uma companheira incansável nas alturas mais delicadas, nomeadamente quando Zé Pedro teve de ser submetido a um transplante de fígado, em maio de 2011. «Ter a Cristina ao meu lado dá-me muita força», afirmou várias vezes.

E no ano passado, na altura em que celebrou 60 anos, voltou enaltecer o papel do amor na sua vida, numa entrevista que deu ao Blitz.

«Hoje em dia, tenho a certeza de que o amor é a coisa mais importante da vida. Sem ele, não consegues gerir mais nada. Mesmo naquele pessoal mais focado no trabalho, os workaholics, talvez possamos considerar que há uma paixão pelo dinheiro… Mas, mesmo assim, o amor que se pode ter com um ser humano, não tenho dúvidas que é a força onde conseguimos ir buscar tudo. Sou 100 por cento crente que esse é o principal fator: uma pessoa estar emocionalmente bem alimentada. Tem a ver com o equilíbrio amoroso. Eu encontrei a Cristina bastante tarde na minha vida. Felizmente não tive outros casamentos antes, e assim posso dizer que é para a vida.»

A diferença de idades também nunca foi um problema para o casal. Zé Pedro fez 61 anos e Cristina tem 46.

O SONHO QUE FICOU POR CUMPRIR

Pouco tempo depois da relação ter começado, em 2010, Zé Pedro não escondia o desejo de ser pai pela primeira vez. «Quero ser pai em breve. Eu gostava muito e a Cristina também, por isso, vamos ver como as coisas correm.»

Por seu lado, Cristina já é mãe. O seu filho, Vasco Araújo, de 24 anos, foi, talvez, o filho que o músico nunca teve.

DE FÃ A MULHER DO GUITARRISTA

Cristina Avides Moreira, chegou a confessar, em tempos, que integrava a grande legião de fãs da banda na sua adolescência. Seguia-os para onde pudesse e colecionava posters na parede do seu quarto.

«Sou completamente fã dos Xutos desde os meus 14 anos. Era daquelas que até posters tinha no quarto. Não falhava um concerto e o lenço vermelho ia sempre comigo. Agora sou namorada de um deles e esta paixão mudou um pouco.»

UMA TATUAGEM E UMA MÚSICA POR AMOR

Cristina foi quem tomou a iniciativa e tatuou um «Z» no corpo. Zé Pedro seguiu-lhe os passos e decidiu retribuir o gesto e assinalar o amor que estava a viver com uma inscrição da inicial do nome da amada no braço.

«Esta é a minha terceira tatuagem e a única personalizada. Aliás, a Cristina é a única pessoa por quem alguma vez faria uma coisas destas», explicou, na altura, em janeiro de 2011, Zé Pedro, ao Correio da Manhã.

Mas a tatuagem não foi a única marca eterna do seu amor que o músico deixou a Cristina. O guitarrista dedicou-lhe uma música, «Amor com Paixão», que está no álbum com o nome Xutos & Pontapés, que saiu em 2009.

Texto: Inês Neves   Fotos: Impala e DR

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