Sexo depois do parto: «O medo de não estar à altura, que ele não me desejasse»

Os assuntos sobre sexo são discutidos de forma diferente por todas as pessoas.

Sexo depois do parto: «O medo de não estar à altura, que ele não me desejasse»

Os assuntos sobre sexo são discutidos de forma diferente por todas as pessoas. Há quem viva a sexualidade de forma mais intensa e aberta, mas também há quem se iniba em tocar num tema tão íntimo e pessoal. Cada individuo vive a sua sexualidade de uma forma totalmente diferente, principalmente depois de nascer um filho. Por isso mesmo, as mulheres não devem comparar-se umas às outras. Não há uma altura certa para retomar a vida sexual do casal.

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No entanto, a maioria das mulheres tenta sempre perceber esta nova realidade da falta de desejo depois da maternidade. Em 2014, Vanessa Muxagata escreveu um texto no blogue Para Lerem Quando Crescerem, confidenciando a sua experiência pessoal. Aqui é retratado na perfeição o que uma mulher poderá viver e sentir a nível sexual depois da maternidade. Mas cada caso é um caso, e a jovem realça isso mesmo.

Toda a minha vida girava à volta da bebé

«Quando a maternidade bateu à minha porta, esta de imediato ocupou o papel principal na minha vida, toda a minha vida girava à volta da bebé, todos os meus poros respiravam bebé, não havia mais nenhum assunto que ocupasse ou interessasse à minha cabeça, estava realmente imbuída, embrenhada neste meu novo papel, esquecendo tudo o resto que me rodeava.

Passado pouco tempo, a minha mãe perguntou-me se eu já tinha voltado a ter sexo. Essa era uma vida apagada e esquecida na minha cabeça, não havia espaço, nem interesse nesse assunto.

Aos poucos comecei a pensar nisso, depois comecei a pensar mesmo seriamente e apoderou-se de mim um medo, deitava-me lentamente na cama para ele não dar por mim, afastava-me para não lhe tocar, ou ia a correr mais cedo do que ele para a cama para quando chegasse eu estivesse a dormir, sabia que talvez estivesse a ser egoísta mas e o medo?! O medo da dor, o medo de não estar à altura, o medo de ele olhar para mim com outros olhos e que não me desejasse, afinal a minha barriga era agora flácida, e o peito mole e descaído, a vergonha dos quilos a mais, não me sentia confortável no toque e pensava no que ele ia pensar, reagia ao toque encolhendo-me ou acrescentava uma peça de roupa pensando ainda: e se eu não tivesse prazer? Não me sentia capaz de me entregar. Como me conseguia eu entregar se eu não me aceitava fisicamente?»

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