Ex de Fanny Rodrigues recorda momentos passados no IPO

Sandro Lima luta contra uma leucemia desde 2017.

Ex de Fanny Rodrigues recorda momentos passados no IPO

Sandro Lima luta contra uma leucemia desde 2017, percurso que Portugal tem acompanhado desde o primeiro dia. Exemplo de coragem, o futebolista, que se tornou conhecido quando namorou com Fanny, assinalou um ano de transplante de medula óssea.

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Num texto arrepiante, ilustrado por várias fotografias dramáticas captadas a preto e branco, Sandro Lima relata o seu sofrimento quando estava em isolamento total e em perigo de vida. O jovem conta que deixou de ser autónomo em tudo e que isso o deixava muito envergonhado.

Além disso, os rins deixaram de funcionar e esteve quase para perder uma perna devido a uma bactéria. Passado um ano, Sandro agradece o facto de ter melhorado e estar em casa, junto dos que mais ama.

Leia o relato arrepiante de Sandro Lima na íntegra

«Foi há exatamente 1 ano, dia 17 de Outubro de 2018, que eu fazia o meu primeiro transplante. Transplante de medula óssea. Foram quase 3 meses de isolamento total. Tanto que – naquele quarto N 5, do piso 11, do IPO do Porto – se sofreu, se chorou, se gritou… tanto que se rezou… e implorou. Para que dias como aqueles passassem.

Lembro-me que na quinta semana de internamento, implorava aos médicos para que me deixassem ir embora – para junto dos meus. Onde estou agora – e que assinaria o termo de responsabilidade. Não aguentava mais (pensava eu). “- Sandro se sais deste quarto não duras 24h.” – responderam os médicos ao meu pedido. Fez-se silêncio. Depois desse dia ainda vieram mais 5 semanas de luta. Uma luta que parecia não acabar.

Neste tempo, deixei de ser autónomo em tudo: Com 21 anos voltei a usar fraldas e tão envergonhado que me sentia. Os rins paravam e diziam-me que tinha de fazer hemodiálise para o resto da vida… Como vos dizia há cerca de um ano na publicação do “Ano Novo”, neste internamento estive também perto de perder uma perna, e tanto que pedi aos médicos para que isso acontecesse, uma vez que a bactéria se alastrava pela perna acima… e tanto que sofria.

Fui três vezes ao bloco operatório e três vezes os cirurgiões se recusaram a fazer a cirurgia. E hoje, tanto que lhes agradeço. Ali aconteceu um milagre. E de um dia para o outro, a bactéria desapareceu, a febre também, deixei de fazer hemodiálise, a cirurgia nunca aconteceu e tudo resto começou a ir embora. Ainda hoje os médicos não me sabem dizer o que ali se passou.

A verdade é que ainda tenho as duas pernas, não faço hemodiálise e aos poucos começo a ter uma vida normal. No total, foram 10 semanas de isolamento total. E desde aí tanto que já se passou e tanto que ainda se sofreu. Mas nunca desisti. Estou cá. Aqui, a escrever-vos!

A fé move montanhas nunca se esqueçam disso. Por isso, hoje, vos peço: «Nunca se queixem!» Há sempre alguém pior que vocês. Hoje estou em minha casa junto dos meus, mas há 1 ano estava lá, como muitas outras pessoas estão lá neste momento. Por isso, agradeçam todos os dias por tudo. Como eu o faço. Todos os dias. #tudovaidarcerto».

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Texto: Ricardina Batista| Fotos: Reprodução redes sociais

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