O incrível processo de recuperação de João Espírito Santo. Tem orelha a nascer em ombro

João Espírito Santo regressou esta quarta-feira ao papel de «Senhor Doutor» de A Tarde é Sua. Em conversa com Fátima Lopes, falou sobre o seu surpreendente processo de reconstrução de uma orelha.

Seis meses depois do grave acidente de viação que o deixou 13 dias em coma, João Espírito Santo regressou à antena da TVI no papel de «Senhor Doutor». Colaborador há vários anos do programa A Tarde é Sua, o médico dentista explicou a Fátima Lopes como tem «uma orelha a desenvolver-se» dentro de si.

«Perdi a minha orelha», riu-se o clínico, deixando a apresentadora de boca aberta com o impressionante processo de reconstrução de que está a ser alvo. Os médicos «apresentaram-me soluções. Uma delas passava por fazer um implante de uma orelha pré-definida e metê-la dentro de mim», especificou. Trata-se de «uma cartilagem», definiu. «Pensa numa tira de cenoura», disse, ajudando Fátima Lopes a entender o que foi implantado no interior do seu ombro.

«Com o scaner dos dentes, fiz um scan à orelha boa. Mandei imprimir. Depois, fiz um scan à parte que não tinha e dupliquei a orelha», explicou ainda. João Espírito Santo pegou nela e levou-a à equipa clínica que o acompanhou no longo processo de recuperação. Surpresa foi o estado de espírito dos médicos.

O médico dentista explicou que a «estrutura artificial» em questão «está a ser perfeitamente integrada dentro do sangue e da pele». Quando o processo estiver concluído, «será passada para aqui», indicou, apontando para a orelha esquerda.

Sorridente, o «Senhor Doutor» partilhou ainda com Fátima Lopes como um dos seus três filhos olha para a situação. «Brinco muitas vezes com o meu filho Bernardo, quando ele me diz: ‘Posso falar por aqui?’ Digo-lhe: ‘Filho, o pai ainda não ouve por aqui’», disse, entre risos.

«Agradeço o acidente. Repôs-me a cabeça no sítio certo»

De volta ao ativo, João Espírito Santo afirmou considerar «um milagre» ter sobrevivido ao grave acidente de viação. «Posso garantir-vos a todos que agradeço o acidente. Repôs-me a cabeça no sítio certo. Posso dizer-vos que hoje demorei 3h40 a chegar a Lisboa. Vim sozinho a conduzir. Fiz questão», sublinhou.

E explicou como o desastroso sinistro o fez repensar na relação com os seus. «Continuo a ser altruísta. Acima de tudo, acho que o acidente me ajudou a pensar no meu ninho, nos meus filhos, na minha mulher, nos meus pais, nos meus sogros, na minha irmã. O acidente aproximou-me imenso da minha irmã e dos meus cunhados.»

A relação que o «Senhor Doutor» tem atualmente com eles é «inexplicável». «Se me dissessem, há um ano, que seria possível, diria que não. Eles estiveram lá, deram afeto. Hoje em dia, repenso muito mais as minhas atitudes a conduzir, repenso muito mais a minha maneira de decidir e penso exatamente o que posso fazer para resolver as coisas», resumiu o médico dentista.

Texto: Dúlio Silva; Fotos: DR

 

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