Júlia Belard sofre de síndrome que causa aumento de peso e dificuldade em engravidar

Júlia Belard foi diagnosticada com síndrome dos ovários poliquísticos.

Júlia Belard, a atriz que ficou conhecida do público com a participação na série Morangos Com Açúcar da TVI, revelou sofrer de «síndrome dos ovários poliquísticos». A revelação foi feita pela própria ao recordar o seu papel na série juvenil que remonta ao ano de 2007. Júlia tinha, na altura, apenas 16 anos e interpretava Raquel, uma jovem com excesso de peso.

«Está muita gente a dizer-me que não era tão gorda como pareço naquela imagem. Não era, mas em comparação com as minhas colegas era bastante mais gordinha», começou por escrever Júlia Belard na legenda de uma imagem antiga, na qual surge a dar vida a Raquel.

«Seja como for, foi-me diagnosticada a síndrome dos ovários poliquísticos um pouco mais tarde (o mesmo que à Gabriela Pugliesi) e uma das consequências desta síndrome é precisamente engordar devido ao distúrbio hormonal», contou, para depois explicar que «o mais importante é manter uma alimentação saudável e praticar exercício físico.»

Mas Júlia não é a única. Perante a revelação, houve várias fãs que revelaram sofrer da mesma síndrome. A atriz recebeu várias questões relacionadas com a doença e fez questão de esclarecer algumas das perguntas feitas pelas internautas: «Ouvi de médicos que ia ser muito difícil e que ia ter que recorrer a tratamento, e não tive problema em engravidar. Outra coisa é que depois de ter o primeiro bebé a síndrome estabiliza».

A atriz emagreceu depois de ter sido mãe em 2017 e chegou a pesar 46 quilos em setembro de 2019. Agora revelou que quer aumentar de peso.

O que é a Síndrome dos Ovários Poliquísticos?

A SOP caracteriza-se por alterações menstruais, nomeadamente ausência de menstruação ou períodos irregulares, múltiplos pequenos quistos nos ovários e aumento dos androgénios (hormonas masculinas). Está muitas vezes associada a obesidade e a níveis elevados de insulina pelo que pode constituir fator de risco para o desenvolvimento de diabetes e outras doenças.

A síndrome ocorre em aproximadamente cinco a 10 por cento das mulheres, não sendo totalmente conhecida a causa que a origina. Pensa-se que está relacionado com o aumento da hormona luteinizante (LH) e dos androgénios que impedem a formação de um folículo dominante que irá resultar na ovulação. Em vez disso, formam-se múltiplos pequenos folículos que nunca irão evoluir, pelo que a mulher acaba por não ovular.

Os sintomas desta doença caracterizam-se por períodos menstruais irregulares ou ausência de menstruação (menos de oito ciclos por ano), aumento da pilosidade na face, tronco e abdómen, acne, obesidade ou excesso de peso e dificuldade em engravidar. Importante referir que a síndrome pode estar presente na ausência de todas estas características.

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Texto: Márcia Alves; Fotos: Instagram

 

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