Gafe em direto: PJ «assassinou» diretor de jornal, mas Goucha estava atento e corrigiu

Ferreira Fernandes, diretor do DN, escreve uma crónica este domingo para dizer que está bem vivo.

Nos programas de televisão em direto acontecem muitas vezes situações imprevisíveis. Foi o que aconteceu no Você na TV, da TVI, da última quinta-feira.

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Manuel Luís Goucha, Quintino Aires e o inspetor António Teixeira debatiam um atropelamento mortal na Crónica Criminal quando o inspetor-chefe da Polícia Judiciária «matou», por engano, o jornalista Ferreira Fernandes, diretor do Diário de Notícias. Só que Goucha estava atento e munido de um Ipad consegui corrigir a gafe… mas levou o seu tempo.

Ferreira Fernandes não deixou passar o assunto em branco e este domingo, dia 5 de agosto, dedica a crónica do DN ao assunto, para informar que está bem vivo. «A notícia da minha morte, pela TVI, é manifestamente exagerada», escreve logo no título.

No artigo, Ferreira Fernandes conta tudo o que se passou em direto: «António Teixeira, inspetor-chefe da Polícia Judiciária, disse: “Aquele jornalista que já morreu, o Ferreira Fernandes, escreveu um dia…” Como são as coisas, ainda há dias, não sei precisar quando, já baralho sobretudo os acontecimentos mais recentes, eu tinha estado com ele. Como diz o outro, para morrer basta estar vivo, mas o Ferreira Fernandes não me pareceu estar prestes a bater a bota. Também o Goucha estava surpreendido: “Mas o Ferreira Fernandes não morreu…” Isso disse o Goucha, com três pontinhos. Topei que não foi com um firme ponto de exclamação. Ele estava pouco certo, estava, reparei que se pôs a espreitar para o iPad», lê-se.

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O diretor do DN analisou ainda a reação do público à falsa notícia: «E reparei, sobretudo, que a plateia feminina seguia a dúvida […] Mas pelo que conheço dele, ele não ia gostar que o anúncio da sua morte não tenha levado a plateia a esboçar um sinal de emoção […] se posso permitir-me tratar o finado assim, talvez a plateia nunca tenha ouvido falar dele. Dei-me conta de estar a ser cruel e até preferi que se confirmasse a morte. A continuar vivo, alguém, por chacota, contava-lhe o anúncio em direto na TVI, ele ia ver as imagens da indiferença das pessoas e ainda lhe dava o badagaio. Que raio de dilema: se não lhe confirmavam a morte agora, prometiam-na logo a seguir… O Goucha continuava vasculhar discretamente no iPad. Olhei para o psicólogo, que sobre o assunto exibia uma equidistância profissional. Uma pessoa pode estar morta, mas também pode não estar. Quintino Aires olhava para um sapato. Sentia-se o psicólogo a matutar: estará morto o Fernandes Ferreira? Já o inspetor-chefe da PJ estava um bocado abalado: “Eu gostava do que ele escrevia…” Aí, o Goucha rematou: “O Ferreira Fernandes não morreu!” e fechou iPad. E disse: “Eu também gosto de como ele escreve”. O polícia ficou contente, genuinamente contente. Pudera, não sei como ele ia passar o auto, sem corpo, nem motivações e, pelo que conheço do meu amigo, não lhe iam arrancar uma confissão facilmente.»

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Fotos: DR

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