Diana descobriu que estava grávida e que tinha esclerose múltipla

Diana tem hoje 23 anos, um bebé saudável e muita garra para continuar a lutar pela Diana que foi noutros tempos. A jovem, que vive em Sesimbra, inspira milhares de seguidores e precisa de ajuda

Diana viu a sua vida dar uma reviravolta quando, aos 22 anos, descobriu que estava grávida e que tinha esclerose múltipla. A jovem, que já contou a sua história a Fátima Lopes, usa o Instagram para partilhar com o mundo a «partida» que a vida lhe pregou e todos os altos e baixos que com ela vieram. Tudo aconteceu no início de 2019. Uma vida «completamente normal» tornou-se numa vida acompanhada por uma «amiga que a vai acompanhar para o resto da vida»: a esclerosa múltipla», doença incapacitante que afecta o sistema nervoso central. «As fibras nervosas das células do sistema nervoso estão revestidas por uma bainha chamada mielina, essencial para que os estímulos sejam corretamente propagados. Na esclerose múltipla, a mielina é destruída, impedindo a adequada comunicação entre cérebro e corpo», explica o site da CUF.

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«Ninguém entendia o que me tinha acontecido. Cada médico dava uma hipótese»

«Chamo-me Diana, tenho 23 anos e tinha uma vida top. Saía com os meus amigos, trabalhava e tinha namorado. Ia a concertos, às compras… Eu tinha uma vida completamente normal, como uma jovem de 23 anos. No dia 2 [de janeiro], a seguir à passagem de ano de 2018 para 2019, cheguei ao hospital com paralisia no meu lado esquerdo. Ninguém entendia o que me tinha acontecido. Cada médico dava uma hipótese. Para uns era AVC, para outros lúpus. Eram 1001 opções e todas elas más», começa por explicar no Instagram.

No mesmo mês em que soube que tinha esclerose múltipla, descobriu que estava grávida

Exames atrás de exames, os médicos descobriram a doença que é incapacitante. «Depois de ter feito mil e um exames, lá diagnosticaram uma amiga que me vai acompanhar para o resto da minha vida, a esclerose múltipla. É uma doença que basicamente ainda está a ser estudada, eu própria nunca tinha ouvido falar de tal coisa.» No mesmo mês de janeiro, Diana descobriu que estava à espera de bebé. «Nesse mesmo janeiro que descobri a minha nova amiga, também descobri que estava grávida, passava ser duas coisas para lidar psicologicamente, nunca pensando eu ter tanta força psicológica para lidar com tanta coisa.»

Durante a gravidez, os efeitos da doença não se manifestaram e a jovem conseguiu dar à luz um bebé saudável. Bryan nasceu em setembro do ano passado. «Passei os meus meses de gravidez sempre com todos os cuidados para que o meu bebé viesse com toda a saúde possível. E sim, ele nasceu todo perfeitinho com muita saúde.»

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«O meu lado esquerdo tinha morrido»

Três meses após o nascimento do bebé, Diana apanhou o primeiro grande susto. «A minha amiga pregou-me uma partida, voltou-me a atacar, estava eu muito bem por volta das 4 da manhã para ir dar o biberão ao meu filho quando vi que não me mexia mais, pois o meu lado esquerdo tinha morrido. Agora estou eu aqui no hospital sem conseguir mexer o meu lado esquerdo, sem conseguir andar, sem conseguir fazer as necessidades básicas, sem conseguir comer sozinha ter de ter uma fralda posta para fazer as minhas necessidades. Tenho pessoas da minha idade a mudarem-me a fralda, se custa? Claro que custa, é horrível. É frustrante. Mata-me por dentro ter o meu bebé de três meses e não conseguir tratar dele, bem de mim quanto mais dele. Mas tenho as melhoras pessoas comigo, tenho uma mãe um pai, um marido e uma família que me tem apoiado em tudo, sem eles eu nunca ia conseguir», escrevia no dia 21 de dezembro.

Entre a reabilitação e o bebé

Um mês depois do susto, Diana divide-se entre a reabilitação e o bebé. A receber tratamento numa clínica especializada, a jovem, hoje com 23 anos, vai conquistando a autonomia um passo de cada vez. «Com muito esforço já mexo o braço e dou uns passinhos, o que é ótimo, para quem estava paralisada numa cama. Todos os dias tem sido uma luta para conseguir fazer mais algumas coisas. Ainda não consigo tratar ti, Bryan, mas sei que vou conseguir. Ainda falta uns belos meses para ser quem era, mas tenho fé, que vou conseguir. E para quem pergunta como vivo? Vivo um dia de cada vez porque está minha amiga ela é um bocado bipolar», contou a 18 de janeiro.

Uma semana depois, mais uma conquista. Diana celebrou o facto de conseguir andar um corredor inteiro. E conseguiu ir visitar a família durante o fim de semana, para mimar o filho que está a ser criado pela avó. O caso de Diana não deixou ninguém indiferente. Depois de Fátima Lopes, também Helena Isabel partilhou o caso nas redes sociais e explicou que a «guerreira» precisa de ajuda para ela e para o bebé. «A Diana necessita de ajuda! Papas, fraldas e cremes para pele atópica para o bebé! Deixo-vos o NIB para poderem contribuir para esta família. NIB: 0010 0000 5659 1790 0016 5», lê-se no Instagram.

Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Reprodução Instagram

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