Custódia Gallego fala sobre a morte do filho, vítima de cancro

Após dois anos e meio de luta contra um cancro, Baltazar, o filho mais velho de Custódia Gallego, perdeu esta batalha. A atriz revela que se agarrou ao trabalho para superar a dor

Custódia Gallego viu no teatro a salvação após a morte do filho, Baltazar, de 31 anos, que faleceu a 25 de agosto do ano passado. O músico esteve dois anos e meio a lutar contra um cancro, mas acabou por não resistir.

Em entrevista a Júlia Pinheiro, na tarde desta quarta-feira, dia 20 de março, na SIC, a atriz conta que estreou uma peça de teatro nove dias depois do maior drama da sua vida porque «viver a ficção era melhor do que a realidade».

«Ainda bem que fui [trabalhar]. Eu não consigo dizer que não a compromissos, não sou capaz. Tinha-me comprometido com o João Mota para fazer aquela peça de teatro a partir de 3 de setembro […] não saberia dizer que não e, digo-te, ainda bem porque ter um foco, estar focada… o exercício físico e o trabalho são os únicos momentos em que consigo, por razões diferentes, estar focada e o mundo a volta não estar cheio de buracos», diz. «Foi uma peça muito complicada, mas ainda bem que era aquela peça, aquela ficção era muito melhor do que a minha realidade, era fixe todas as noites ir para ali viver outra coisa.»

Depois, Custódia Gallego explica, pela primeira vez, como morreu o filho. Baltazar foi fazer «um tratamento normal» contra a doença e não acordou. Morreu dias depois.

«Deixam-te inerte, é o pior que há»

Ao longo dos dois anos e meio de doença, o mais difícil para Custódia foi lidar com a dúvida. Ficaria o filho totalmente recuperado ou com alguma sequela? «Como outra doença qualquer com o estigma de um cancro, mesmo que saibamos que a ciência está evoluída, é uma situação de dúvida. Durante dois anos e meio o sentimento de dúvida persistia e a dúvida é dos piores sentimentos do mundo. Deixam-te inerte, é o pior que há», desabafa.

Após a morte de Baltazar e para superar a dor, Custódia Gallego agarrou-se à ideia de que o filho foi feliz e aproveitou a vida ao lado da mãe. «Claro que não o tenho fisicamente, mas para o mal e para o bem, nos dois anos e meio de tratamento […] eu tive o privilégio, que não é possível a todas as mães, de ter uma relação com um filho adulto que não teria em outras circunstâncias, porque um filho adulto é independente», diz.

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Notícia www.novagente.pt

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