Manuel Maria Carrilho: “O Dinis era espancado pela mãe”

Conheça as declarações dramáticas de Manuel Carrilho, na sessão da manhã de 4 de abril, no julgamento de violência doméstica do ex-casal Bárbara e Carrilho

Durante a manhã de 4 abril, decorreu no Campus de Justiça, em Lisboa, mais uma sessão do julgamento onde Manuel Carrilho é acusado pela apresentadora Bárbara Guimarães do crime de violência doméstica e difamação. Com início às 10h30, a sessão de julgamento centrou-se no testemunho do arguido Manuel Carrilho sobre várias situações dramáticas posteriores a dezembro de 2013, após o divórcio entre o ex-casal.

Sobre a polémica madrugada de 21 de maio de 2014, onde imagens do vídeo de vigilância de casa da estrela da SIC mostram o antigo ministro a entrar no apartamento de Bárbara à força, e seguidamente a ser expulso pelo seu então namorado, Kiki Neves, o arguido sublinhou que a sua visita às 5 da manhã foi na sequência de uma chamada telefónica que o seu filho Dinis terá feito em agitação, alegando que “a mãe não estava em casa”.

“Na situação em que o meu filho estava, a pedir-me socorro e a minha filha a chorar ao telefone, a dizerem-me que a Bárbara não estava em casa, decidi ir lá, enquanto estava ao telefone com o Dinis a dizer-lhe que fosse a todas as divisões e que dessa uma volta à casa para ver se a mãe não estava mesmo em lá. (A Bárbara) encontrar-se caída no sofá era uma situação comum”, relatou Manuel Carrilho.

Quando questionado sobre o que aconteceu quando chegou à casa da apresentadora, o antigo ministro revelou que quem lhe abriu a porta foi o seu filho Dinis e que após dar uma volta de dois minutos pela casa esteve a “confortar Carlota que estava a chorar”. Após a filha de seis anos estar mais calma Manuel Carrilho garantiu ter ficado à porta da casa, onde viu chegar Bárbara e Kiki Neves e seguidamente, a polícia.

 

” A mentira é evidente! É óbvio que eles não estavam em casa nessa noite. As imagens (da câmara de vigilância) foram manipuladas!”

“Eu levei um pontapé para ser posto fora de casa e um empurrão (de Kiki Neves)”, acrescentou Manuel Carrilho, ainda sobre essa noite de maio.

 

Durante a sessão, o arguído sublinhou também a dificuldade em contactar com os filhos, nomeadamente, com Dinis:

“É impensável proibir os filhos de verem o pai. A Bárbara não deixava o Dinis falar comigo por skype. Ele queria estudar comigo e acabava a chorar ao skype porque a mãe dizia que eu o manipulava”, declarou o arguido.

Manuel Maria Carrilho exaltou-se várias vezes ao falar da sua relação com os filhos

 

“O Dinis era espancado pela mãe. Eu só estou a proteger os meus filhos. A questão central são os meus filhos que viveram os dramas deste caso”, acusou exaltado o ex-ministro da cultura.

“(Em 2013) Os meus filhos estiveram sequestrados. Os meus filhos que me adoram! Eu fui impedido de entrar na minha própria casa por guarda costas que me agrediram”, confessou o ex-ministro ao Tribunal da Comarca de Lisboa.

Já no final da sessão quando o político foi confrontado sobre as acusações de agressão feitas pela sua primeira mulher, Joana Varela, mãe do seu filho mais velho Luís Maria, o antigo ministro negou afirmando que a ex-mulher ” é uma pessoa demente”.

Recorde-se que Bárbara Guimarães, de 43 anos, e Manuel Carrilho, de 65, estão divorciados desde novembro de 2013 e que para além do processo de violência doméstica e difamação também enfrentam outro processo relacionado com a custódia dos seus dois filhos: Dinis de 13 anos e Carlota de seis anos.

Espera-se que ainda hoje, Kiki Neves, ex-namorado de Bárbara Guimarães, seja ouvido em tribunal.

Texto: Mafalda Tello Silva | ImpalaNews

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