Tromboembolismo venoso provocado por cirurgias e internamento

No âmbito do Dia Mundial da Trombose, assinalado este domingo, 13 de outubro, uma especialista alerta que o tromboembolismo venoso, uma das principais causas de morte e morbilidade em todo o mundo, pode ocorrer após uma cirurgia ou período de internamento.

Tromboembolismo venoso provocado por cirurgias e internamento

No âmbito do Dia Mundial da Trombose, assinalado este domingo, 13 de outubro, uma especialista alerta que o tromboembolismo venoso, uma das principais causas de morte e morbilidade em todo o mundo, pode ocorrer após uma cirurgia ou um período de internamento. Carolina Guedes, internista e coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Pulmonar da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, afirma que esta doença cardiovascular engloba a trombose venosa profunda, a qual ocorre quando se forma um trombo ou um coágulo nas veias, provocando uma obstrução e impedindo a correta circulação de sangue; e a embolia pulmonar, em que um coágulo se desprende ou fragmenta, deslocando-se até aos vasos dos pulmões.

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Uma em cada quatro pessoas morre de causas relacionadas com o tromboembolismo venoso

Esta última, quando não diagnosticada e tratada a tempo, pode ser fatal. Para evitar este desfecho clínico,  Carolina Guedes alerta para os sintomas associados a esta doença. No caso da trombose venosa profunda, «a sintomatologia mais comum consiste no inchaço, dor, calor e rubor da perna. Já a embolia pulmonar pode não apresentar quaisquer sintomas, como pode, em contrapartida, manifestar-se através da falta de ar, dor no peito, palpitações ou perda de consciência», explica.

Numa altura em que um em cada quatro pessoas morre de causas relacionadas com o tromboembolismo venoso, a coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Pulmonar da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna refere ainda que o internamento ou cirurgia recentes; a mobilidade reduzida; a idade avançada (mais de 60 anos); os antecedentes pessoais ou familiares de tromboembolismo venoso; a neoplasia (tumor) ativa; a trombofilia (doença que promove a formação de coágulos sanguíneos); o uso de medicação com estrogénios, como a pílula e a terapêutica hormonal de substituição na menopausa; a obesidade; a gravidez e o período pós-parto, além de o consumo de tabaco e álcool são fatores de risco para esta doença.

Tratamento e prevenção adequadas

Perante esta discrição, Carolina Guedes salienta para o facto de 60 por cento dos casos de tromboembolismo venoso ocorrem durante ou após um internamento hospitalar. «Desta forma, se for internado ou tiver uma consulta marcada com o seu médico, aproveite para questioná-lo a respeito do seu risco», discutindo «sinais, sintomas e, se for o caso, as opções de prevenção adequadas».

O tratamento tanto da trombose venosa «consiste na anticoagulação e, dependendo da gravidade do caso, podem ser necessários mais tratamentos invasivos. No que respeita à sua duração, esta deve ser individualizada, sendo em regra de pelo menos três meses, podendo prolongar-se, se se justificar», afirma a especialista. Já a prevenção é «método mais eficaz e é neste processo que o Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar pretende intervir junto da população, sobretudo perto de quem tem um ou mais dos factores de risco citados».

Segundo Carolina Guedes, coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Pulmonar da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, deve ter especial atenção e…

– Avisar sempre o médico que teve um tromboembolismo venoso no passado;

– Manter-se ativo, praticando exercício físico regularmente e evitando a imobilização prolongada;

– Adotar um estilo de vida saudável, nomeadamente uma alimentação pobre em gorduras, açúcares e sal, e reduzir ou cessar o consumo de tabaco e álcool; Se for internado ou efetuar uma cirurgia, questione o médico relativamente à prevenção desta doença; Se efetuar uma viagem longa de avião (superior a 4 horas) consulte o seu médico;

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