Parkinson: Procurar ajuda acelera diagnóstico e tratamento

Saiba como prevenir, quais são as causas, os principais sintomas e os tratamentos que existem no mercado para a doença de Parkinson.

Parkinson: Procurar ajuda acelera diagnóstico e tratamento

Na próxima terça-feira, 11 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Doença de Parkinson que tem como objetivo ampliar o acesso a informações importantes sobre a doença, que ajudam a prevenir e facilitar o diagnóstico. Assim, o tratamento pode começar logo e reduzir as limitações, bem como o sofrimento. As causas exatas do desenvolvimento da doença de Parkinson ainda não são totalmente conhecidas, mas já se entende que a condição surge devido à degeneração gradual de regiões do cérebro principalmente relacionadas com a coordenação dos movimentos. A produção de dopamina fica comprometida e, sem a quantidade necessária desse neurotransmissor, os sintomas começam a surgir e a evoluir.

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Sintomas

Os sintomas podem variar de acordo com o caso e com o estágio da doença. No entanto, destacam-se os seguintes sintomas motores e não-motores:

– Tremores;
– Rigidez dos movimentos;
– Movimentos lentos;
– Dificuldade para manter a postura;
– Redução do equilíbrio;
– Perda do olfato;
– Distúrbios de sono;
– Constipação;
– Dificuldade para falar e engolir

De acordo com o neurocirurgião especializado em Parkinson, Dr. Bruno Burjaili, entender os sintomas da doença é essencial para procurar o diagnóstico, o que permite resultados mais rápidos para controlá-los. “Conhecer os sinais e saber identificá-los é essencial para buscar ajuda médica neurológica o mais rápido possível. Desse modo, pode-se iniciar o tratamento e ser mantida uma melhor qualidade de vida. Mesmo não existindo cura, as diversas estratégias que utilizamos para controlar os sintomas impactam muito a rotina de quem luta contra a doença”.

Como é feito o diagnóstico

“O diagnóstico de Parkinson pode ser difícil nas fases iniciais da doença, até porque alguns sintomas são subtis e não se manifestam nos movimentos. Existe também essa ideia de que apenas os tremores seriam importantes, o que não é verdade. As pessoas procuram ajuda quando estes começam a prejudicar a sua autonomia de forma mais acentuada, ou quando ficam com medo de consequências maiores”, dá conta Burjaili.

“Para diagnosticar a doença, utilizamos uma história clínica detalhada e fazemos o exame físico especializado (hoje em dia, até por vídeo é possível): tremor quando o paciente está em repouso, agilidade dos movimentos, rigidez nos membros, aspectos da caminhada, equilíbrio, entre outros, exames de imagem não dão o diagnóstico, e devem ser solicitados apenas em situações excepcionais”.

Os principais tratamentos

O tratamento é definido pelo profissional com base no caso de cada paciente, da progressão da doença, grau dos sintomas e diversos outros fatores. Os medicamentos são fundamentais e podem mudar drasticamente o dia-a-dia de quem passa por isso. Além destes, são importantes métodos da Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoterapia, exercícios orientados pela Educação Física, entre outros. Finalmente, a cirurgia de marca-passo cerebral é uma opção que pode ajudar muita gente, ainda que, infelizmente, existam pacientes que não são informados pelos médicos sobre a sua existência.

“A Estimulação Cerebral Profunda, mais conhecida como marca-passo cerebral é um tratamento que pode ter grandes resultados para pacientes com Parkinson. A cirurgia é feita por meio do implante de elétrodos com em determinadas áreas do cérebro, permitindo a realização de uma estimulação elétrica controlada que consegue modular o funcionamento destas regiões, permitindo uma redução significativa dos tremores, da lentidão, da rigidez, de movimentos involuntários, e melhorando a qualidade de vida do paciente”, explica.

“No entanto, é preciso ter em mente que cada caso é um caso, com particularidades e a viabilidade da realização do procedimento deve ser analisada individualmente, através de um protocolo pré-operatório bastante rigoroso, assim”, acrescenta.

Como prevenir?

A prevenção não conta com muitas armas, os estudos não demonstram práticas que possam reduzir de modo claro o risco de surgimento ou a progressão da doença. A exposição a alguns tipos de agrotóxicos aumenta o seu risco, além de substâncias suspeitas da indústria. Por outro lado, a prática regular de atividades físicas bem orientadas é o que tem maior quantidade de evidências acumuladas na ciência no sentido de evitar o problema. “Além desses dados positivos sobre o exercício físico, há informações mais vagas sobre a chamada dieta MIND e o consumo de cafeína”, conclui.

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Foto: Shutterstock

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