Crónicas do Meu Outro Eu | Jogos Sexuais – Quente e Frio

Uma das formas mais entusiasmantes de manter uma relação a dois (ou a três… ou a quatro…) bem animada é surpreender o, ou a, parceiro.

Crónicas do Meu Outro Eu | Jogos Sexuais – Quente e Frio

Uma das formas mais entusiasmantes de manter uma relação a dois (ou a três… ou a quatro…) bem animada é surpreender o, ou a, parceiro. Os jogos sexuais abrem possibilidades infinitas neste campo e, como tal, gosto muito de pensar em situações que apanhem desprevenida a pessoa que está do lado de lá, tal como gosto que do outro lado também me confrontem com momentos originais e excitantes.

Um dos jogos que gosto de pôr em prática e que já experimentei com alguns homens, sempre com enorme sucesso, é o chamado jogo do quente e frio. A primeira vez que o pus em prática foi com o Jorge, numa tarde de domingo pouco tempo depois de termos casado. Tinha lido sobre o assunto numa qualquer revista feminina onde há os consultórios sentimentais e sexuais e as dicas eróticas – e que, tenho de confessar, acho altamente desinteressantes em 90% dos casos. No entanto, daquela vez havia uma sugestão para surpreender o parceiro que me deixou entusiasmada. Decidi então pô-la em prática.

O Jorge estava na sala, a ler um livro e eu fui ao quarto e despi-me. Escolhi uma camisa transparente e de tamanho muito reduzido (cobria-me não mais do que 5 centímetros abaixo do sexo) e dirigi-me para junto dele. Ao ouvir-me chegar, levantou os olhos do livro e a sua reação foi imediata. O rosto sereno foi invadido por um ar de surpresa ao ver-me assim vestida (ou despida). Como não tinha nada por baixo da peça transparente, todo o meu corpo se oferecia ao seu olhar.

– Uau! Mas que visão deliciosa!

– Gostas?

– Sim… muito! Vem cá para poder observar melhor!

– Não… tu é que vens comigo até ao quarto!

Uma proposta destas era irrecusável. Largou o livro, levantou-se e aproximou-se de mim. Eu comecei a andar em direção ao quarto, seguido por ele. Mesmo não o vendo, percebia que, atrás de mim, me estava a devorar o rabo e as pernas com os olhos, coisa que me deixa sempre muito entusiasmada. Entrámos no quarto e ele tentou de imediato agarrar-me. Esquivei-me num gesto rápido que o surpreendeu.

– Calma! – disse-lhe com um sorriso. – Antes de mais vais despir-te!

Sem responder, tirou rapidamente a roupa. O pénis estava já bem acordado, apontando de forma orgulhosa para cima. A situação já o deixara suficientemente excitado e pronto a uma sessão de sexo intenso, mas eu tinha idealizado outros planos.

– Deita-te! – pedi-lhe.

Ele mergulhou na nossa cama e agarrou no membro duro de forma a que ele ficasse a apontar para o teto.

– Anda!… Está pronto para que te sentes nele!

– Nada disso!… Esse teu brinquedo vai ter de esperar…

– Esperar? Mas ele está aqui desesperado… achas que ao ver-te assim ele consegue esperar?

– Acho que não! Por isso vamos ter de resolver a situação.

Dirigi-me para a mesa de cabeceira e retirei um lenço preto.

– Vou vendar-te! Assim ele já não me vê e acalma! E depois vou prender-te à cama!

Vi-o abrir os olhos e fazer um esgar de surpresa.

– Desculpa?…
– Vou prender-te os braços e as pernas e depois vais ficar a minha mercê.

Desde cedo percebi que gosto de dominar as situações, de poder ser eu a escolher o rumo dos acontecimentos. É muito saboroso ter esse poder e as mulheres conseguem assumir muito bem o domínio, mesmo quando os homens pensam que são eles que controlam tudo…

Fui buscar umas cordas e atei-lhe as mãos e os pés às barras de ferro da cama. Depois, coloquei-lhe o lenço preto nos olhos e dei-lhe um leve beijo na boca.

– Agora vais esperar que eu volto já!

– Onde vais?

– Buscar umas coisas, não demoro!

Fui à cozinha e coloquei uma chávena de chá a aquecer no micro-ondas. Retirei do frigorífico uma taça com a gelatina que tinha sobrado do almoço e levei tudo para o quarto. A espera não lhe tinha feito desaparecer a ereção, antes pelo contrário. A expetativa do que iria a acontecer mantinha-lhe o membro duro, ou seja, naquele estado que eu gosto que ele esteja! Sentei-me ao seu lado e fiz-lhe uma leve carícia nos testículos. Ele contraiu os músculos das coxas de forma instintiva. Baixei a boca e beijei-lhe a ponta do pénis. Abri os lábios e deixei que aquela carne quente deslizasse, engolindo-a. Ele tentou mexer-se, mas preso como estava não tinha grandes hipóteses de esboçar qualquer reação.

Agarrei-lhe no sexo e comecei a mamá-lo em movimentos lentos e ritmados. Chupei-o durante alguns segundos e depois larguei-o e parei. Fiquei em silêncio a olhá-lo.

– Então! Paraste?…

Sorri. Queria deixá-lo com um nível de tesão o mais alto possível. Ao fim de alguns segundos, voltei a fazer-lhe sexo oral. Repeti por 3 ou 4 vezes o processo, largando-o durante algum tempo e recomeçando. Até que, depois de o ter largado mais uma vez, bebi um golo de chá quente. Sem fazer nenhum ruído que lhe revelasse o que estava a acontecer, deixei o liquido na boca algum tempo, para que ela ficasse bem quente. Engoli o chá e de imediato abocanhei de novo o rolo excitado. Ele foi apanhado de surpresa pelo calor que o envolveu.

– Que é isso? – perguntou.

Não respondi e limitei-me a chupá-lo durante alguns segundos. Quando o larguei reparei que o corpo ali deitado estava a começar a ficar tenso.

– Estás a torturar-me! Cada vez que me chupas deixas-me mais excitado, mas depois páras…

Tinha decidido que não diria nada durante toda a sessão. O meu silêncio deixava-o ainda mais tenso e expectante. Enquanto ele falava coloquei um pedaço de gelatina na boca. Senti o frio e passeei-a pelos dentes, pela língua e pelo céu da boca. Sem a engolir, baixei o rosto e voltei a abocanhar o membro ainda quente da mamada anterior. Desta vez, o choque foi ainda maior, pois o frio fez um choque térmico na carne quente. Ele soltou um gemido e contorceu-se um pouco – o que as cordas permitiram – e eu comecei a brincar com a gelatina, fazendo-a rodar com a língua em volta do mastro cada vez mais duro.

Os gestos da minha boca eram lentos, pois não queria que ele se viesse muito depressa. Queria prolongar o desejo e a excitação até ao limite. Fui repetindo as sessões de sexo oral, alternando entre o frio e o quente, e a determinada altura ele começou a suplicar:

– Não páres… chupa até ao fim!…

Tinha-o conduzido aquele nível de desejo em que o prazer quase começa a doer. Desde os 18 anos, quando tive as minhas primeiras aventuras com os meus dois primos gémeos, que percebi o quanto gosto de prolongar os momentos que antecedem os orgasmos (como sabem os que leram o 1º volume da minha trilogia Crónicas do Meu Outro Eu). Deixar alguém a suplicar que o façamos vir provoca sensações únicas e quando finalmente deixamos que ele se venha, provoca sempre orgasmos explosivos, selvagens!

– Ainda não meu amor! Só quando eu quiser. – respondi quebrando o meu voto de silêncio.

Prolonguei a sessão durante uma hora. As minhas mamadas tiveram de se tornar cada vez mais curtas, pois a sensibilidade do pénis foi aumentando a tal ponto que algum descuido da minha parte desencadearia um orgasmo. Sorri ao ver que ele suava, que cada vez que os meus lábios o tocavam todos os seus músculos se contraíam, que as suas mãos agarravam as cordas que prendiam os pulsos e as apertavam, que a cintura se elevava tentando enfiar o pénis pela minha boca, que a respiração ofegante lhe secava os lábios…

A determinada altura, larguei o pénis e retirei-o da boca e vi que ele pulsava, sinal evidente que qualquer toque por mais suave que fosse, iria provocar uma explosão ao fim de pouco tempo. Tinha chegado a hora de o fazer vir.
– Olha, vou-te fazer gozar! Queres?

– Estás a perguntar se quero? Estou quase a ter um colapso cardíaco! Já não aguento mais!

Dei uma gargalhada.

– Coitadinho… tenho tanta pena tua! Mas vamos fazer um acordo. Vais avisar-me quando sentires que te vais vir ok?

– Ok, ok… mas despacha-te por favor!

As suas súplicas eram reais, tão reais, que quase tive pena dele. Mas rapidamente esse sentimento se afastou da minha mente. Agarrei-o cuidadosamente e coloquei os lábios na cabeça vermelha. Comecei a sugá-lo lentamente, fazendo-o deslizar para dentro da minha boca. Ele gemeu e eu movimentei a cabeça para cima e para baixo, arranhando-o com os dentes. Esperava que ele cumprisse e avisasse a tempo, pois tinha preparado um final diferente. Cerca de dez segundos depois, ouvi-o dizer:

– Vou-me vir…

Dei-lhe um último chupão e libertei-o da minha boca. A minha mão largou-o e ele ficou literalmente aos saltos.

– Aaaahhh… agarra-o… – implorou.

Deixei-me ficar a ver, sem lhe tocar. O orgasmo tinha iniciado a sua contagem regressiva e já nada o poderia parar. O pénis dava pequenos saltos, como se estivesse a ser impulsionado por uma mola interna. É do senso comum que quando um homem atinge o orgasmo quer sentir o sexo aprisionado, apertado… basta olhar para um homem a masturbar-se e ver como a mão parece querer estrangular o rolo em espasmos. Deixá-lo assim solto, sem nada a tocar-lhe, provoca certamente uma sensação estranha e o desejo de que alguém o agarre e o estimule enquanto se vem. E o Jorge bem se torceu, tentando libertar uma das mãos, mas sem sucesso. Por isso, quando o sémen explodiu em jatos descontrolados, ele gemeu implorando que o agarrasse. As pernas tentaram fechar-se, mas as cordas em volta dos tornozelos mantiveram-nas abertas e o gemido que sinalizou o orgasmo foi acompanhado de alguns insultos e impropérios em relação â minha pessoa, por deixá-lo assim sem lhe esmagar o rolo numa pressão que ajudasse a suportar um clímax violento, preparado por mim durante uma hora.

Os impulsos da cintura e os movimentos de fera enjaulada que acompanharam a ejaculação, fizeram com que as gotas de esperma se espalhassem pelo corpo e pela colcha. Algumas atingiram-me na perna e eu assisti maravilhada aos resultados do meu jogo. Quando e tempestade amainou e o corpo dele relaxou, retirei-lhe a venda. Ele arfava, como se tivesse feito uma corrida intensa e prolongada. Estava exausto e piscou os olhos, tentando ambientar-se à luz do quarto.

– Foste tão mazinha!… – disse-me tentando recuperar o fôlego.

– Fui? Olha que aqui o nosso amigo parece-me que gostou! – respondi-lhe agarrando –lhe o pénis agora calmo. Espalhei as gotas de esperma que o polvilhavam pela pele macia.

– Agora é que o agarras!…

Dei uma gargalhada e baixei a cabeça para a sua cintura. Abri a boca e engoli-o. Tinha perdido alguma da rigidez mas continuava a ter um volume saboroso. Depois de o chupar uns segundos, libertei-lhe as mãos e os pés. Como seria de esperar, mal se sentiu livre, saltou-me para cima e vingou-se das minhas maldades. E como eu gostei dessa vingança…

Ana Paula Jorge | Crónicas do Meu Outro Eu

Ana Paula Jorge | Escritora erótica ([email protected])
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