
Crónica de uma grávida | Amar por dois e ser amada a dobrar
Faltam cerca de 100 dias para a minha vida mudar completamente e viver aquele que promete ser um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Esta é primeira de várias crónicas de uma jornalista que, aos 31 anos, passou a amar por dois e que decidiu arriscar tudo (nomeadamente, a carreira) e ser (ainda) mais feliz.
Estou grávida! E escrevo esta frase com o maior orgulho possível. A barriga ainda mal se nota, o meu filho pesa poucos gramas, mas o amor que tenho pelo pequeno ser que cresce dentro de mim é quase avassalador. Sinto que este é um amor completamente verdadeiro e genuíno. O maior de todos!
Amar por dois | Apetece-me gritar bem alto a minha notícia
A minha felicidade é tão grande que julgava não ser possível amar de maneira tão intensa. Apetece-me gritar bem alto a minha notícia, para que o Mundo partilhe da minha alegria!
Os primeiros três meses não foram fáceis e vivi alguns sustos (como um deslocamento do saco gestacional) que me fizeram perceber o que realmente importa. Ter um filho é de facto o projeto de uma vida. Esta é também uma fase de medos. De muitos medos. Todas as dúvidas e preocupações nos passam pela cabeça. O medo de errar – de não ser capaz, de ser má mãe – passou a estar no meu pensamento, a toda a hora. Há três meses e meio que tenho uma necessidade enorme de proteger, de forma quase leónica, a vida que estou a gerar.
Passei a sentir que sou amada a dobrar
Desde que revelei a grande notícia, passei a sentir que sou muito mais amada. Sempre tive amor da minha família e não tenho grandes “inimigos”. Mas agora vejo que a minha barriga redonda desperta a maior das alegrias nos outros. Sinto que sou agora muito mais acarinhada. Também sinto que esta alegria de assistir ao desenvolver de uma vida não é só minha. É partilhada por todos os que se cruzam comigo, mesmo por aqueles que não me conhecem, mas que sorriem quando passam por mim.
É muito gratificante sentir esse carinho, receber palavras de parabéns e desejos de felicidades. É muito bom, mas muito bom, amar por dois e ser amada a dobrar! Isto é tudo aquilo que desejei em criança, quando brincava às bonecas e sonhava ser mãe.

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