Presidente do Belenenses sobre conflito com SAD: «É impossível fazer acordos»

No conflito com a SAD «não há vencedores, nem vencidos», afirma Presidente do Belenenses.

Presidente do Belenenses sobre conflito com SAD: «É impossível fazer acordos»

O presidente do Clube de Futebol Os Belenenses, Patrick Morais de Carvalho, disse esta sexta-feira, 1 de novembro, que a direção estaria «disponível» para chegar a um acordo com a SAD, mas acusou a sociedade desportiva de ser «altamente litigante».

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Em assembleia-geral do clube, realizada no pavilhão Acácio Rosa, Patrick Morais de Carvalho reafirmou o «enfraquecimento» da SAD em relação às ações judiciais, que correm a favor do clube.

Belenenses só faz um acordo: «Cada um vai à sua vida»

«O clube estaria totalmente disponível para fazer um acordo e o acordo só pode ser um: cada um vai à sua vida, arquivam-se os processos e a litigância toda. Estamos a lidar com pessoas altamente litigantes, com quem é impossível fazer acordos. Do ponto de vista jurídico, a posição da SAD tem sido derrotada e ficado cada vez mais enfraquecida», notou.

Patrick Morais de Carvalho, que considerou não se vislumbrarem «vencedores, nem vencidos» no conflito com a SAD, anunciou que o clube interpôs uma ação principal em tribunal, no qual o clube pede para que seja retirada a palavra Belenenses da denominação social da firma.

«Temos agora a correr uma ação principal, que tem um fator novo que não estava a ser discutido na providência cautelar. A palavra Belenenses está na denominação social da firma. A tese da SAD é esta: como na denominação social da firma está a palavra Belenenses, eles entendem que podem utilizar a palavra», explicou.

O presidente do clube da Cruz de Cristo referiu também uma ação executiva à SAD, de 3000 euros diários em que incumpram a lei, na qual o valor «já ascende a 1.800 milhões de euros», bem como uma queixa-crime contra os responsáveis da SAD «por desobediência qualificada».

Chegou a altura «de expurgar toda a relação com a SAD», diz Presidente do Belenenses

«Deste lado, encontram vulnerabilidade, eles acreditam que, mais tarde ou mais cedo, os membros do clube vão cair. Do outro lado, não há eleições nem escrutínio, fazem o que querem», criticou, referindo que chegou a altura de «expurgar toda a relação» com a SAD, com a venda anunciada dos 10% da participação social que o clube detém na sociedade desportiva.

A presidir os ‘azuis’ do Restelo desde 2014, Patrick Morais de Carvalho assumiu que o clube não podia continuar a financiar «uma operação mercantil de uma sociedade» que, assegurou, «custava 300 e tal mil euros por ano» e confessou que a ação interposta pela SAD, a reivindicar como seus o palmarés e a história do Belenenses, «já está ultrapassada», a favor do clube.

Patrick Morais de Carvalho, de 49 anos, criticou também as ações tomadas a cargo pelas «instâncias que superintendem o futebol português», quando confrontado com a possibilidade de o Sporting poder vir a inscrever novamente uma equipa B diretamente no segundo escalão profissional, alegando que, aos denominados três ‘grandes’, «tudo é permitido».

«Vivemos num país com uma débil cultura desportiva, em que as pessoas são todas de Benfica, FC Porto e Sporting. Portanto, a esses clubes tudo é permitido, inscrevem, deixam de inscrever, entram pelo sétimo andar, pelo quinto ou por onde quiserem, enquanto nós fomos obrigados a ir à última divisão distrital, ao inferno, como costumo dizer», disse.

O relatório e contas relativo a 2018/19, que anunciou uma redução anual de 8,3% no passivo do clube (cifrando-se atualmente nos 10.631.872 milhões de euros), foi aprovado com 122 votos a favor e apenas três abstenções, numa sessão que também atribuiu ao ‘histórico’ futebolista Vicente Lucas, por unanimidade, o galardão Cruz de Cristo de Ouro, a mais alta condecoração do Belenenses.

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