Open da Austrália proíbe bandeiras da Rússia e da Bielorrússia

A federação australiana de ténis baniu hoje as bandeiras da Rússia e da Bielorrússia do Open da Austrália, a pedido do embaixador ucraniano em Camberra, após adeptos terem exibido a bandeira russa.

Open da Austrália proíbe bandeiras da Rússia e da Bielorrússia

A federação australiana de ténis baniu hoje as bandeiras da Rússia e da Bielorrússia do Open da Austrália, a pedido do embaixador ucraniano em Camberra, após adeptos terem exibido a bandeira russa. “As bandeiras da Rússia e da Bielorrússia são proibidas no local do Open da Austrália”, disse a Tennis Australia, acrescentando que a proibição entra em vigor “de imediato”. “A nossa política inicial era que os adeptos podiam trazê-las, mas não poderiam exibi-las com o objetivo de causar transtorno”, acrescentou a federação num comunicado.

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A bandeira russa foi exibida em Melbourne Park na segunda-feira, no primeiro dia do Open da Austrália, na partida da primeira ronda entre a ucraniana Kateryna Baindl e a russa Kamilla Rakhimova. Nas bancadas, os adeptos da tenista ucraniana pediram a intervenção dos serviços de segurança e da polícia. Uma bandeira russa também foi exibida na Arena Rod Laver durante a partida entre o russo Daniil Medvedev e o norte-americano Marcos Giron. “Condeno veementemente a exibição pública de bandeiras russas durante a partida da tenista ucraniana Kateryna Baindl no Open da Austrália”, escreveu o embaixador da Ucrânia em Camberra Vasyl Myroshnychenko na rede social Twitter. Myroshnychenko tinha pedido na segunda-feira à Tennis Australia para garantir a aplicação da “política de bandeira neutra” no Open da Austrália.

“Condeno veementemente a exibição pública de bandeiras russas”

Desde a invasão russa da Ucrânia, lançada a 24 de fevereiro de 2022, que vários desportos têm obrigado os atletas russos e bielorrussos a competir sob bandeiras neutras, incluindo no Open da Austrália. Na semana passada, o diplomata tinha apelado à proibição de jogadores russos e bielorrussos no Open da Austrália, algo que o torneio de Wimbledon, também parte do Grand Slam, fez em 2022. O diplomata Doug Trappett, que foi embaixador australiano na Ucrânia entre 2015 e 2016, disse também no Twitter que a Tennis Australia poderia “ter-se posicionado para responder de forma séria a esses incidentes previsíveis, mas escolheu a covardia”.

A Bielorrússia apoia a ofensiva militar russa, que causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas. A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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