Marta Kostyuk, a tenista ucraniana que provoca onda de assobios em Roland Garros

Tenista ucraniana Marta Kostyuk arrasada por recusar cumprimentar adversária bielorrussa. “Essas pessoas deveriam sentir vergonha”, acusa.

Já arrancou Roland Garros, um dos mais prestigiados torneios de ténis do mundo. Um dos primeiros momentos de destaque do tornei tem como protagonistas duas tenistas e envolve uma onda de assobios e vaias. Marta Kostyuk defrontou Aryna Sabalenka, com a segunda a derrotar a primeira. Até aqui, nada de novo. Afinal, estamos a falar da atleta que deverá acabar o torneio como número um do mundo. Só que depois, entra a política e a guerra.

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Marta Kostyuk, de 20 anos e número 28 do ranking mundial, é uma tenista ucraniana. Por sua vez, Aryna Sabalenka, de 25 anos e número 2 do ranking WTA, é bielorrussa. A dupla defrontou-se no court Philippe Chatrier e a ucraniana avisou previamente que se iria recusar a cumprimentar a adversária. Assim que o jogo terminou, com dois sets sem resposta para Sabalenka, ouviram-se assobios e uma enorme vaia. Tudo porque Kostyuk recusou cumprimentar Sabalenka.

“Essas pessoas deveriam sentir vergonha”

Esta situação gerou alguma confusão. Até porque Sabalenka pensou que os assobios eram para si. O que motivou que reagisse com alguma ironia em direção ao público. Após uma conversa com o seu staff, percebeu que os assobios eram destinados a Kostyuk e acabou por agradecer ao público que assistiu ao jogo. Mas nada ficou resolvido. Na conferência de imprensa, a tensão adensou-se. “Não percebi o que estava a acontecer. Nós sabemos que as ucranianas não nos querem cumprimentar, mas para o público foi uma surpresa. Eles entenderam como uma falta de respeito. Sinto muito que isso tenha acontecido”, disse Sabalenka.

“Nem os atletas bielorrussos, nem os russos, apoiam a guerra”

Por sua vez, Marta Kostyuk foi bastante dura nas palavras dedicadas a quem a assobiou. “Essas pessoas deveriam sentir vergonha! Quero ver a reação delas daqui a dez anos, quando a guerra estiver terminada. Acho que não vão ficar satisfeitas quando voltarem a pensar no que fizeram”, começou por dizer. “Tinha dito que não cumprimentaria e não sei por que pensaram que iria mudar de opinião”, terminou. Já Sabalenka fez questão de partilhar a sua opinião em relação à guerra. “Já disse várias vezes, nem os atletas bielorrussos, nem os russos, apoiam a guerra. Como é possível apoiar a guerra? Absolutamente não. Se pudéssemos terminá-la, faríamos isso imediatamente”, salientou.

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Texto: Bruno Seruca
Fotos: Reprodução Instagram

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