Final da Champions no Porto inicia regresso ao “normal”

Depois de um Campeonato Português sem adeptos nas bancadas, a final da Champions League no Porto, com 16500 espectadores que viram a vitória do Chelsea contra o Manchester City, trouxe um ar de esperança. A volta ao “normal” está próxima.

Final da Champions no Porto inicia regresso ao “normal”

O jogo em si já foi uma surpresa, porque independente da casa de apostas desportivas, se Betclic ou bet.pt, o Chelsea era o azarão, mas acabou por vencer a equipa de Pep Guardiola por 1 a 0. A outra surpresa foi a rápida mudança da sede: pelo segundo ano consecutivo a final foi em Portugal, desta vez no Estádio do Dragão no Porto.

Se os jogos em Lisboa da edição 2019/20 não tinham público, no Dragão foi diferente. A UEFA classificou o jogo e a organização como um sucesso. O controle dos adeptos foi estrito, com a necessidade de apresentação de um teste negativo para fazer a viagem e separação nas bancadas. Mesmo assim dois adeptos foram presos na cidade por desacato e agressão.

O Campeonato Português teria um teste do tipo na sua reta final, entretanto ele não foi adiante. Mas com a vacinação sendo mais rápida neste verão e a baixa taxa de infetados – uma das menores da Europa – é de esperar que a próxima época já tenha adeptos nos estádios.

Cuidados a serem tomados

As máscaras ainda são uma realidade, assim como a necessidade de distanciamento social. Já temos dias sem mortes, mas os casos voltaram a subir e as variantes estrangeiras, a indiana sendo a protagonista agora, preocupam.

A vacinação avançou nas últimas semanas, mas Portugal ainda está abaixo da taxa da união europeia e menos de 20% da população ativa teve a primeira e segunda doses. A chamada imunidade de rebanho ainda está longe, já que exige 70% de vacinados.

Mas há que considerar certos pontos: a diferença entre a primeira e a segunda doses da vacina da AstraZeneca é de 3 meses, o que causa essa lentidão maior. E a baixa transmissibilidade – mesmo que crescente – também é um ótimo sinal.

Por isso o país, que é o 31° do mundo em vacinação por 100 mil habitantes, deve subir na lista neste verão e continua sua etapa de desconfinamento.

Agora começa uma maratona de jogos

A pandemia global fez o calendário do futebol ser um pesadelo para jogadores e treinadores que já se sentiam cansados. A Euro, que estava prevista para junho de 2020, começará agora. A época 2021/22 terá as mesmas competições de sempre: Campeonato Português, Copa, Champions League, Europa League…

2022 é ano de Copa do Mundo, mas ela não será no verão europeu como tradicionalmente e sim em novembro e dezembro. O calendário ainda não foi discutido, mas precisará incluir pelo menos um mês e meio de parada nas competições europeias, já que a Copa terá 28 dias e é preciso treinamento antes e um descanso depois.

O problema é que falta menos de um ano e meio para a competição e nada disso foi discutido, o que deve deixar alguém descontente: ou a UEFA, FIFA, os jogadores, enfim.

Para os adeptos não há tanto problema já que teremos jogos quase sem férias daqui até junho de 2023.

Mas para um selecionado como Portugal, é preciso se preocupar. Por exemplo, Bernardo Silva jogou a final da Champions, não teve folgas antes de se apresentar para a Euro 2020, que será disputada em 2021, e depois já terá que jogar pelo Manchester City.

O calendário do futebol inglês é o mais desafiante, com a disputada Premier League, duas competições domésticas e ainda a Champions League, que sua equipa tem uma pressão imensa para ganhar. Seu descanso em 2022 será apenas no verão porque depois começa mais uma época com a citada Copa do Mundo sendo o fator diferencial e que exige imensamente.

Lesões irão acontecer e por isso é preciso pensar em planos individuais para cada jogador. O futebol volta ao normal com uma certa dose de insanidade.

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