Bruno de Carvalho ataca Ornelas. «Tinha casado com o presidente do Sporting e não com a pessoa»

Depois de mencionar a relação escondida que manteve com a mulher, fala sobre a filha Leonor, e em como a menina correu risco de vida.

O livro de Bruno de Carvalho é apresentado esta tarde em Lisboa com direito a duas sessões de autógrafos. Nas 146 páginas de  Sem Filtro – Os Bastidores da Minha Presidência, são poucas as referências a Joana Ornelas, ex mulher de Bruno de Carvalho.

Depois de mencionar a relação escondida que manteve com a mulher, fala sobre a filha Leonor, e em como a menina correu risco de vida.

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«O que se passou comigo a partir de janeiro de 2018? Esta é a pergunta que muitos sportinguistas fazem ainda hoje. Dizem que houve uma enorme mudança de comportamento da minha parte. E têm razão. Agora precisam de saber os motivos, sem todas as falsidades e especulações que foram saindo na comunicação social. Vou ser muito direto: começou a correr a teoria de que eu estaria alterado devido ao consumo de estupefacientes ou de bebidas alcoólicas. Era uma forma de tentar destruir ainda mais o presidente do Sporting. Além de ditador e egocêntrico, agora também era toxicodependente e alcoólico. A verdade é que nunca tive quaisquer problemas desse género. Nunca consumi drogas em toda a minha vida e também não tive um único período em que bebesse demasiado. Aliás, apenas tomo bebidas alcoólicas socialmente. E, nessa altura, aliás, ainda menos por todos os problemas que estava a passar (em casa e no Sporting) e que careciam da minha total atenção e sobriedade», escreve.

Admitindo que o seu comportamento mudou e que deixou de transmitir «a mesma estabilidade emociona», fala sobre a gravidez de Joana Ornelas.

«Tudo começa a desmoronar-se com a gravidez de alto risco da Joana. Ela esteve internada quase duas semanas, entre dezembro e janeiro, e eu estive sempre do lado dela. Os médicos, nessa altura, diziam-nos que havia uma forte possibilidade de a nossa filha não sobreviver. Senti que tinha de dar outra atenção em casa. Estar mais presente e apoiar em tudo o que fosse necessário», lê-se.

Revela que, motivado pelos problemas domésticos, marcou «uma reunião no Sporting e expliquei o que se estava a passar à restante administração da SAD».

«Pedi para ter mais apoio em diferentes matérias, algo que nunca tinha precisado de fazer até então, e disse que iria ausentar-me por uns dias para estar mais focado na difícil situação familiar que começava a viver. Mas nunca o pude fazer na plenitude. Acabei por dar tanto tempo ao Sporting como anteriormente. As coisas não apareciam feitas, ou então apareciam malfeitas. Há quem goste de dizer que sou como um eucalipto que seca tudo à sua volta. Não é verdade. Sempre dei oportunidade às pessoas para fazerem o seu trabalho. E, especialmente nessa fase, só queria que todos conseguissem dar conta do recado até eu poder voltar a estar totalmente focado no Sporting. Infelizmente, não aconteceu»

Ao mesmo tempo, o meu casamento também começava a ruir. Não apenas pela gravidez de risco, mas também por um conhecimento cada vez maior da mulher que estava comigo. Comecei a perceber que ela se tinha casado com o presidente do Sporting e não com a pessoa. E isso levou a que eu não tivesse bom ambiente em casa. Nessa fase da minha vida, fiquei sem um verdadeiro porto de abrigo. Sem pessoas no Sporting que me conseguissem aliviar a carga de trabalho por uns dias, a ter de correr constantemente para hospitais e consultas, sempre com o medo de que a minha filha não nascesse, e a ter de aguentar todos os obstáculos levantados pela minha mulher. Comecei a não aguentar. Há momentos em que um líder também precisa de algum apoio e compreensão daqueles que estão ao seu lado. De um esforço extra que eu, por exemplo, sempre tinha conseguido dar ao Sporting e aos meus colegas quando estes tiveram alturas em que não podiam estar tão presentes. Mas, ao contrário, quando foi comigo, não funcionou assim. Tentei tratar de tudo, na mesma, conciliar tudo, mas estava a ser muito difícil. E em fevereiro a situação ficou ainda pior», termina, atacando a ex-mulher.

Já no fim do livro, em jeito de lamento, diz que «costuma dizer-se que por trás de um grande homem está uma grande mulher, mas eu não tive essa força da parte da Joana»

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