Alcochete | João Palhinha identifica arguido com «dente de ouro»

Depois de Ristovski ter identificado que um dos agressores no Ataque à Academia de Alcochete tinha um «dente de ouro», João Palhinha refere também esse detalhe – que corresponde à descrição do arguido Leandro Almeida.

Alcochete | João Palhinha identifica arguido com «dente de ouro»

Depois de Ristovski ter identificado que um dos agressores no Ataque à Academia de Alcochete tinha um «dente de ouro», João Palhinha refere também este detalhe – que corresponde à descrição do arguido Leandro Almeida.  Confrontado com mais detalhes sobre a estrutura física do indivíduo com dente de ouro, o jogador diz: «Era branco, tinha cabelo encaracolado e barba».

Questionado sobre se os indivíduos estavam todos de cara tapada, o futebolista afirma: «Estávamos estupefactos com o que se estava a passar quando, de repente, um dos agressores – que estava de cara destapada e tinha um dente de ouro – deu uma chapada ao [Freddy] Montero.» João Palhinha saiu ileso do ataque, referindo que apenas lhe disseram para «tirar as roupas – o equipamento.»

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«Foi tudo muito rápido e intenso»

«O Freddy Montero, que estava ao meu lado, levou uma chapada. VI o Acuña e o Battaglia a levarem socos. O Rui Patrício e o William levaram um soco no peito», recorda, sobre o dia 15 de maio. As agressões eram destinadas a jogadores específicos, considera o jogador. «Acho que eles já tinham alvos escolhidos. Dirigiram-se mais para o William, o Rui, o Acuña e o Battaglia. Acho que eram os principais alvos», conta.

O jogador do Sporting – atualmente emprestado ao Braga – confirma a versão apresentada por testemunhas anteriores e refere que uma, das duas tochas, foi atirada a Mário Monteiro. No fim da confusão, o jogador viu «Bas Dost a chorar». «Acho que o Bas era o único elemento da equipa que já estava na sala das chuteiras e acabou por levar primeiro»

Fernando Mendes «pediu desculpa e disse que não vinha com aquelas intenções»

Questionado sobre se viu alguém alheio à equipa técnica do Sporting na Academia, após os atacantes abandonarem o edifício, João Palhinha revela ter visto Fernando Mendes. «Vi o Fernando Mendes quando os atacantes deixaram a Academia. Ele pediu desculpas e disse que não vinha com aquele tipo de intenções, que não queria que aquilo se tivesse passado», conta. Acrescentando que estava acompanhado por indivíduo «de cor».

Bruno de Carvalho disse que «não sabíamos com quem nos tínhamos metido»

Questionado se marcou presença na reunião que ocorreu a 14 de maio – um dia antes do ataque – João Palhinha responde de forma afirmativa. Sobre o tema, esclarece: «O Presidente Bruno de Carvalho mostrou o seu desagrado em relação ao resultado contra o Marítimo e também nos alertou e disse que não sabíamos com que nos tínhamos metido. Acho que se referia ao facto de o Acuña ter perdido a cabeça com o líder da claque.»

Antes de terminar o seu testemunho, João Palhinha confidenciou: “Nas noites seguintes ao ataque tive pesadelos com isto. Agora, já é uma situação completamente ultrapassada. Mas este ataque retirou a segurança que tinha dentro do clube. Para um jogador, não se sentir seguro dentro do próprio clube, não é fácil.”

Texto: Sílvia de Abreu

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