A nova regra dos 26 jogadores no Euro 2020

Os selecionadores podem convocar 26 jogadores, em vez dos habituais 23. No entanto, as fichas de jogo mantêm o máximo de 23 jogadores (onze inicial e 12 suplentes, incluindo 3 guarda-redes).

A nova regra dos 26 jogadores no Euro 2020

Regras Especiais

Para o Euro 2020 e devido a toda a conjuntura atual, vários selecionadores demonstraram-se preocupados com os possíveis impactos nas suas equipas. Pela curta duração da fase final do torneio (1 mês) e pela época demasiado sobrecarregada que acabou de terminar, recomendaram a expansão do número de jogadores eleitos.

O Comité Executivo da UEFA decidiu adotar esta e outras medidas excecionais, em resposta à situação atualmente vivida a nível mundial:

  • Convocatória

Os selecionadores podem convocar 26 jogadores, em vez dos habituais 23. No entanto, as fichas de jogo mantêm o máximo de 23 jogadores (onze inicial e 12 suplentes, incluindo 3 guarda-redes).

  • Alterações antes do primeiro jogo. Em caso de lesão grave ou doença o lote de jogadores pode ser alterado até à data da primeira partida de cada equipa. Jogadores que sejam retirados da convocatória não podem ser readmitidos na lista.
  • Alterações em qualquer altura. Em caso de lesão por parte de guarda-redes, pode ser convocado outro em qualquer altura, mesmo que ainda existam dois guarda-redes disponíveis.
  • Substituições durante o jogo. As equipas poderão fazer 5 substituições no decorrer do jogo, como tem acontecido nos campeonatos de clubes, em vez das habituais 3. Se houver prolongamento, poderão fazer mais uma alteração nesse período, como habitual, mas agora totalizam 6 em vez das 4 anteriores.

Cada equipa pode usar até três paragens para efetuar substituições no período regulamentar e uma paragem adicional durante o prolongamento. Para além desses momentos, podem fazer substituições no intervalo, apito final e intervalo do prolongamento.

  • Número mínimo de jogadores. O jogo decorrerá desde que a equipa tenha pelo menos 13 jogadores disponíveis (incluindo pelo menos um guarda-redes). Em caso de os jogadores disponíveis não atingirem o mínimo de 13 jogadores, podem ser chamados jogadores adicionais de forma a perfazer esse número, sendo que, os indisponíveis ficarão retirados definitivamente. Existe ainda a possibilidade de a partida ser remarcada nas 48h seguintes. Caso, ainda assim, continue a não ser possível, o jogo será considerado como derrota por 3-0.

Vantagens de convocar mais 3 jogadores

Aumentando a convocatória de 23 para 26, os selecionadores terão mais 3 jogadores do que o habitual disponíveis durante a competição. Uma das vantagens é facilitar o processo de escolha dos selecionadores, mas isso em termos competitivos não tem expressão.

Em termos competitivos, o que é relevante é que, com mais opções possíveis, os selecionadores poderão ajustar a ficha de jogo conforme forem avançando no torneio e mediante as seleções que defrontem. Seleções com equipas mais curtas, com menos quantidade de bons jogadores, sairão prejudicadas. Seleções com mais jogadores em quantidade e qualidade, como é o caso de Portugal (veremos mais adiante), poderão sair beneficiadas.

Existe, no entanto, uma ressalva, uma vez que, o número de jogadores convocados aumenta, mas o número de jogadores na lista de jogo permanece igual, o que significa que ficarão 3 jogadores na bancada. Nas edições anteriores, todos os jogadores iam para o banco ou relvado e tinham de se equipar, aquecer, concentrar e envolver com o jogo, porque sabiam que podiam ser chamados a qualquer momento. Ficando jogadores de fora, a gestão de egos e da coesão da equipa carece de maior atenção. É um trabalho do treinador, mas principalmente da união da equipa dado que ninguém gosta de ficar de fora, muito menos em jogos de tamanha importância.

Aumentar o tamanho do plantel é também importante para aliviar a carga sobre os jogadores, depois de uma temporada esgotante a nível de clubes e uma pré-temporada encurtada devido à presença na seleção.

Considerando o contexto atual, estas alterações serão ainda de maior relevância, porque sem elas o nível competitivo poderia baixar muito, ou mesmo excluir equipas da competição.

Euro 2020

A fase final da UEFA EURO 2020 realiza-se de 11 de junho a 11 de julho, em 11 cidades, de 11 países e as convocatórias dos selecionadores já foram reveladas. De acordo com os jogadores que foram chamados, já se nota um aumento significativo em apostas no Euro 2020 no vencedor do torneio e outros mercados sem sites como o da Betano, por exemplo, onde Portugal conta com uma odd superior a 8 para ser vencedor do torneio e o mesmo se constata um pouco por todas as casas de apostas físicas e online. Embora Portugal não seja considerado favorito, é uma das equipas que está sempre no lote de candidatos até pelo que demonstrou na última edição do torneio, onde saiu vencedor.

Portugal no Euro 2020

Antes de iniciar a fase final do torneio, Portugal terá 2 jogos de preparação. Dia 4 de junho defronta Espanha e dia 9 Israel. Na fase de grupos irá defrontar a Hungria dia 15 de junho, a Alemanha dia 19 e a França dia 23 com as particularidades que Portugal defronta a Hungria na Hungria e a Alemanha na Alemanha. Para não falar que com a presença do atual campeão Europeu ainda se junta a toda favorita e finalista vencida da última edição França e a Alemanha, num grupo em que a Hungria jogando em casa quererá agradar aos seus adeptos.

Convocatória

Cinco anos depois da conquista do Euro 2016, Fernando Santos revelou a lista dos 26 jogadores que vão disputar o Euro 2020. Na conferência de imprensa de divulgação da convocatória, Fernando Santos referiu que fez as contas a 23 e só depois adicionou mais 3 em função das necessidades do grupo.

Comparando com a convocatória de 2016, de que forma o selecionador distribuiu os seus 3 jogadores extra? Abdicou de um defesa e somou 1 médio e 3 avançados. Significará isto alguma coisa? Fernando Santos diz que as características da equipa mudaram, mas o modelo de jogo não. Portugal continuará a ser uma equipa de posse, que procura jogar num bloco médio/médio-alto, sem permitir que o adversário ataque muito. As medidas mais polémicas prendem-se com o facto de apenas contar com 3 centrais de raiz na convocatória de entre os quais apenas um tem menos de 30 anos e também com a inclusão de William Carvalho em detrimento de Pizzi ou Pedro Neto que jogaram mais e fizeram épocas bastante positivas ao contrário do jogador do Bétis.

Ausências

Da lista dos 23 jogadores eleitos por Fernando Santos para o Euro 2016, há 12 campeões que não estarão na edição de 2020:

  • Éder (Lokomotiv Moscovo)
  • Ricardo Quaresma (Vitória SC)
  • Nani (Orlando City)
  • André Gomes (Everton)
  • João Mário (Sporting)
  • Adrien Silva (UC Sampdoria)
  • Eliseu (fim de carreira)
  • Bruno Alves (Parma)
  • Ricardo Carvalho (fim de carreira)
  • Vieirinha (PAOK Salónica)
  • Cédric Soares (Arsenal)
  • Eduardo Carvalho (terminou a carreira)

Estas ausências são normais, dado que já se passaram 5 anos, mas, ainda assim, no lote dos 26 eleitos para 2020 há 11 jogadores que permaneceram, ou seja, Portugal vai levar praticamente metade do plantel que conquistou o Euro 2016. Relativamente a novas entradas, para esta convocatória ficaram de fora vários nomes sonantes, que podiam perfeitamente estar entre os 26 eleitos:

  • José Sá (Olympiacos)
  • Domingos Duarte (Granada)
  • Rúben Semedo (Olympiacos)
  • Ricardo Pereira (Leicester City)
  • Mário Rui (Napoles)
  • Pizzi (Benfica)
  • Otávio (FC Porto)
  • Francisco Trincão (Barcelona)
  • Pedro Neto (Wolverhampton)
  • Gelson Martins (Mónaco)
  • Paulinho (Sporting)

Na sua lista inicial, Fernando Santos tinha mais de trinta jogadores que considerava aptos a disputar esta competição, o que demonstra a enorme qualidade dos jogadores portugueses.

Regressos

O selecionador proporcionou o regresso de jogadores que não têm ido à seleção que, por curiosidade ou não, são precisamente três:

  • Gonçalo Guedes (Valência CF)
  • Nélson Semedo (Wolverhampton)
  • William Carvalho (Real Bétis)

Conclusão

Circunstâncias excecionais, exigem medidas excecionais. A situação atual forçou a que existissem equipas maiores e mais substituições, mas isso pode revelar-se benéfico para as equipas e, consequentemente, para o espetáculo!

 

 

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