Rússia nega que a sua aviação alguma vez tenha feito ataques em Ghouta, na Síria

As forças armadas da Rússia afirmaram que a sua aviação nunca realizou qualquer ataque ou bombardeamento na região síria de Ghouta Oriental

Rússia nega que a sua aviação alguma vez tenha feito ataques em Ghouta, na Síria

As forças armadas da Rússia afirmaram esta sexta-feira que a sua aviação nunca realizou qualquer ataque ou bombardeamento na região síria de Ghouta Oriental, apesar de ter sido responsabilizada por uma ONG pela morte de civis naquele enclave.

“As afirmações do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (…) que dizem respeito a alegados ataques russos contra Ghouta Oriental não passam de mais uma ‘fake news'”, afirmou o ministério russo da Defesa, citado pelas agências oficiais russas.

O ministério acrescentou que a “aviação russa não tem [atualmente] qualquer missão militar em Ghouta Oriental, nem alguma vez teve” nesta região.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), organização sedeada no Reino Unido, adiantou esta sexta-feira que 64 das 76 mortes de civis ocorridas esta sexta-feira naquela região síria resultaram de bombardeamentos da aviação russa, que apoia Damasco.

A região de Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco, é atualmente o principal bastião da oposição ao regime do Presidente sírio, Bashar Al-Assad, e nas últimas semanas tem sido visada por uma ofensiva do exército sírio e dos seus aliados.

O OSDH garantiu até que os aviões russos utilizaram bombas de fragmentação (“cluster bombs”, uma bomba que se divide em muitas dezenas de projéteis explosivos), um tipo de munição proibida internacionalmente.

Os bombardeamentos coincidem com a saída de milhares de civis de Ghouta Oriental. Muitas pessoas estão a abandonar a área sob controlo da Legião da Misericórdia através do corredor que as autoridades abriram em Hamuriya.

Na quinta-feira, cerca de 20 mil civis fugiram através deste corredor.

As mortes desta sexta-feira elevam para pelo menos 1.346 as vítimas mortais na ofensiva contra Ghouta (desde 18 de fevereiro), entre eles 270 menores e 173 mulheres.

 

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